sábado, 8 de março de 2014

Números, arquétipos e tarô

A teoria de Jung sobre os arquétipos e o inconsciente coletivo é conhecida por muitos. No entanto, não é menos que os números também representam arquétipos por si mesmo. A estrutura destes arquétipos está intrinsecamente relacionada com a numerologia pitagórica, e o sistema de Sephirot da Cabala, assim como o misticismo atribuído aos números em diversas culturas.

Para Jung, experimentamos o inconsciente coletivo em dois níveis: o físico (material) e o psíquico (mental). Também incorpora em sua teorica uma realidade que denomina "Unus mundus", e que este une os níveis anteriores. Jung afirma que os arquétipos mais básicos sãos os numéricos, e que esses números são a chave para a relação entre o físico e o psíquico, a chave para muitos mistérios.

Os números possuem dois planos: O qualitativo e o quantitativo. O enfoque quantitativo é levado pelo enfoque da ciência, e corresponde ao material. Já no aspecto qualitativo, se associa ao mental. Jung coincide em parte com os pitagóricos, que via os números como princípios cósmicos, com um lado material e outro espiritual.


Quando se inclui a faceta qualitativa em sua interpretação dos números, estes se transformam em meras quantidades: 1, 2, 3, 4, encarnam valores arquetípicos como unidade, oposição, conjunção, complexão. Podem-se encontrar analogias claras entre os significados dos arcanos maiores e menos pelo seu aspecto qualitativo de seus números.

Os arquétipos e o inconsciente coletivo de Jung, junto com os números pitagóricos, são um interessante campo de estudo para quem desejar se aprofundar em seu conhecimento a respeito do tarô.

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