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domingo, 22 de novembro de 2015

Um pequeno diálogo: A indecência pode ser saudável!



Figura 1 por  Mark Rothko, No 301, 1959 (via Daily Rothko Tumblr Blog).

Lucio: Estou a pensar sobre estes camelos Mara, eles não passam pela metamorfose? Será que ainda chegará o tempo deles...? Será que o grande meio-dia estar por voltar sobre si mesmo, neste grande plano que estes caminham, sem um horizonte aparente? Estou incerto, parecem demasiados camelos! Subitamente camelos, perdidos a fio, carregando o peso de seu niilismo!
Marta: Quem caminha pelos desertos aprendem muito na ingenuidade Lucio!
Lucio: Ah sim. O “Leão da tribo de Judá” aquele que vaga pelo deserto, muitos povos se convertem, e se converteram em leões! Mas, pobres de si mesmo, e ainda como leões, matam os filhotes da leoa, suas próprias crias, suas próprias crianças, para instituírem o seu harém... não sobra tempo para as ingenuidades e para as crianças nesses lugares. Às vezes é preciso um deserto para completar a transmutação.
Marta: A indecência pode ser saudável, necessária até, desde que ela não vá para o cérebro, como diz bonito o D.H. Lawrence.
Lucio: Oh sim, bem lembrado Marta! Sei que foi leitor de Nietzsche, não? Lembro passageiramente de uma frase sua também. “Eu amo a floresta. É ruim viver nas cidades: ali são demasiados os que estão no cio! ”.
M: Os desertos, florestas... carregam muito dessa potência. É preciso destruir-se, para dar vazão há transmutação, há afirmação.
J: Carregar desertos jamais, florestas nem pensar. Mas sim deslizar por sobre ele, fazer dele um local de experimentação, deixar passar os fluxos, não como um grande sábio ou ermitão há procurar. A questão da procura, é estar aberto somente, as forças já estão aí, a alquimia está justamente no trabalho destas forças. Compor o plano, compor o espaço.
M: Insanidade... Insanidade... “Mas se alguma delas for para o cérebro, aí se torna perniciosa[1]”.
H:



[1] Poema: ‘A indecência pode ser saudável’ de D. H. Lawrence. Disponível em: http://poesiaparaninguem.blogspot.com.br/2006/12/indecncia-pode-ser-saudvel-d-h.html>. Acesso em: 07/09/2015

domingo, 19 de outubro de 2014

Metafisiologia do Olho Apaixonado


A vida resguarda em si, inúmeras surpresas; É neste sentido em que muitos, ditos filósofos, detentores do pensar, afirmam as multiplicidades. As multiplicidades do encontro, do saber, do olhar, e, sobretudo, do amor.

Das várias formas de amar, de se apaixonar. Das várias formas também de olhar o amor, os signos correspondentes desta multiplicidade/singularidade.

Meio a tantas multiplicidades, em que lugar fica as repetições? Eventos casuais, que aparentemente parecem que nunca mais hão de se repetir. Verdadeiramente impossível. Mas há casos especiais, há casos estritamente espirituais, que hão de acontecer sim, de forma semelhante.

É ai, neste sentido, que entrar o olho. Que certamente, num local diferente, momento, duração e memória diferente, olhará ele, pois então, por sua fisiologia complexa, de forma diferente.

Assusta-me o fato, de haver poucos escritos a respeito do olho. Parte elementar do sujeito humano, enquanto singularidade e coletividade. O olho é social, individual. O olho é dos fantasmas, das potências, do medo, da alegria, do pai, mãe, mas também de todo o mundo. O olho comporta também, atualidades, virtualidades. A forma de como o olho empreende a vida, está intimamente ligada aos músculos que a ligam, que o move. Extensividade e intensividade. Rigidez e flacidade.

O olho é um órgão bastante interessante, sem dúvida. É a nossa “parte” mais espiritualizada corpórea. É com o olho que se dá, se fabrica, engendra, reflete todos os estados do espírito. Os olhos são os espelhos da alma. Ele é intimamente movido pela multiplicidade. Com movimentos sempre de dentro para fora e fora-dentro. Dentro-do-fora, fora-do-dentro...

Os olhos tem um papel fundamental, também, no aprendizado. Não que seja engendrado ou funcione somente para isto, para esta faculdade. Como multiplicidade, os olhos são todas as faculdades possíveis, como já ditas, até das faculdades espirituais. Não pense que somos segregacionistas, ou hiperbóreos por dar esta supervalorização aos olhos, excluindo assim, deste texto, aqueles tidos como “cegos”. Não é somente destes olhos que estamos falando. Os olhos podem tomar posições, locais de afectos e afecções de formas múltiplas, apoiando sempre a diferença. Há o ditado: Enxergar com os ouvidos e ouvir com os olhos.

Desta forma também os olhos são os órgãos, potência, que mais se cansam do corpo. De todo o corpo. Pois a todo o momento, ele está a ver, perceber, olhar, decifrar, interpretar os hieróglifos, signos, que a todo o momento o violentam. Mas ele não o faz alvo de coitadismo por isso, o contrário.

Há, inclusive, um tipo específico de signos que arrebata os olhos, o contraria de forma tão acirrada que me sinto forçado a comentar algumas linhas, a respeito. São estes, os signos da paixão.

Comentarei, no entanto, um tipo específico, por conta da complexidade do tema. Um tipo especifico que acomete os olhos de forma que o contraria de todas as formas. As paixões induzidas por coincidências (repetições) espirituais (diferença).

Grosseiramente, no âmago das multiplicidades, muitas vezes relacionadas com o caos, pensar em repetição para muitos pode até mesmo ser um tanto quanto contraditório. Não é bem assim, digo. Há certas repetições que acontecem, por que são determinadas por alguma entidade superior. Coincidência.

O exemplo, de se encontrar com uma pessoa que lhe toma, arrebata aos olhos, arrebata todo o corpo, de forma tão complicada... O signo se enrola de tal maneira aos olhos, que é quase impossível dele se conter, quase impossível dele se soltar, relaxar.

Seus músculos ficam tão enrijecidos, apaixonadamente, que apesar do signo se enrolar de maneira tão complicada, tão amarrada, tão agressiva, a ponto de marcar a pele, aos olhos, ao espírito, a essência, que toda esta violência torna-se prazerosa. É neste sentido que somos todos masoquistas.

Neste momento, a dor é tão apavorante, e igualmente prazerosa, que pode um pequeno limiar podemos dizer que parcialmente nós arrebatamos no sentido mais puro da palavra, é possível sentir a quase-morte/arrebatação com o corpo frio, a a-subjetividade; A duração e o tempo dissipa-se. Por um curto período de tempo (metodicamente podemos dizer que alguns milésimos de segundos) não nos conhecemos, não reconhecemos gênero, raça, cor, nacionalidade...

Somente a vida a favor de sua diferença, a vida a favor dela mesmo, sua multiplicidade e suas misturas. Neste sentido podemos re-afirmar também o discurso que o pensamento só vem depois.

Ao voltar deste arrebatamento é que vamos engendrar o pensamento para decifrar toda esta violência a que fomos asujeitados.

Por estarmos perplexos, e a criação denotar um certo tempo, o signo por vezes pode escapar, estes costumam ser um pouco Trickster.

Porém, há ainda a re-afirmação de vida, que é necessária que surjam estas de dentro, interiormente, mas que podem sim ser produzidas a partir de um encontro. Num encontro potente. Estas re-afirmações de vida, seriam o que, comentado anteriormente, as coincidências espirituais. A repetição que traz consigo a sua diferença.

O reencontro com o signo, este signo Trickster, até então impossível devido à multiplicidade que comporta a macropolitica do qual ele está envolvido, todo o território, porém agora carregado de toda diferença, que trará assim imagens aos olhos, experiência, violências, complicações, inquietações, embriaguez completamente novas e distintas. Afirmando mais uma vez a vida e toda a sua mistura.

Exemplo, o primeiro encontro: Dante está num dia completamente distinto, pagando uma conta, num banco qualquer, longe de casa, nem perto de onde costuma andar, ou pagar suas contas. Encontra um moço na fila do banco. Sem contato pois Dante foi arrebatado.

Segundo encontro; Ao virar a noite, após uma noite cheia de problemas e pensamentos arredios, mergulhado num tédio sem fim; Dante, ao amanhecer, sai para caminhar, esfriar a cabeça, pelo bairro, sem destino, prometendo somente entrar por ruas antes, nunca entradas, somente para caminhar e fumar um bom cigarro de palha. No meio do caminho, ao finalmente se sentar e pegar o cigarro, por coincidência espiritual, acaba por encontrar o moço, o Trickster, novamente. Filho de Telekompensu, o caçador e pescador.



sábado, 27 de setembro de 2014

Do ficar em cima do muro, da inutilidade do caminho do meio




Não há nada mais prejudicial ao desejo do que "ficar em cima do muro". Não se colocar em posição alguma, não engendra máquina alguma, que não seja a máquina de ociosidade. Ao se colocar em determinada posição, o desejo engendra, criando rizomando-se, criando multiplicidades, pois há um objetivo, que não lhe falta, mas que lhe excede. Por exemplo, se as circunstâncias me afeta de tal forma, que circunstancialmente, por questões maquínicas de desejo, eu escolho/desejo ir até Roma. Eu criarei métodos, bruxarias, falcatruas para que eu deseje lá. Ao contrário, de quem fica no mundo, ficar no muro, é sinônimo de ideais ascéticos, é sinônimo que não querer por a "mão na merda", é sinônimo, de não desejar, e comer o que lhe servem a mesa. Não há nada mais reativo, que "ficar em cima do muro", pois até mesmo a dominação, parte do desejo. Como é o caso dos masoquistas. O ficar em cima do muro, é não se reconhecer com nada, nem ninguém, e na mesma proporção que eu não escolho ninguém, eu escolho a todos ao mesmo momento. Sujeitando-me aos desejos outros. Sujeitando-me o ao desejo dos outros, pois me ociosidade, impede-me me engendrar sozinha, a minha máquina desejante. E isso nada tem haver com lógica, nada tem haver com estrutura, ou nada tem haver com extremos, longe de mim os extremos, pois o desejo caminha por entre pedras, por debaixo delas, até mesmo. Como diz um grande jargão: "Não existe meio termo. O muro já tem dono”.

O QUE É, POIS A UNIVERSIDADE SENÃO A REPRODUÇÃO DE UM CONHECIMENTO CIENTIFICO? Notas e pensamentos soltos.

A educação é incansavelmente tema de pesquisa em nosso país, o fomento a essas pesquisas, também é enorme e a cada dia, surge mais e mais teorias a respeito, inúmeros autores, pesquisas, teorias para conceituar, isto também implica dizer, criar ferramentas, para o ensino-aprendizagem, relação que envolve aluno e professor, e claro, vários aspectos que rodeiam esses dois. Porém, a única coisa (curiosamente) que se mantém estática nesse âmbito de pesquisa em educação, é o objeto de estudo. A escola, o professor, o aluno e toda a rede que permuta esses envolvidos. E ai, eu voltado ao titulo, o que é a universidade senão a reprodução do conhecimento cientifico?

O conceito "universidade" se vangloria de seu tripé maravilhoso que é "pesquisa-extensão-ensino", pois elas atuam de forma completamente distintas, e tal como um tripé, seus pés são quase que emergencialmente separados um do outro. O ensino, por exemplo, separa-se, geralmente (e muito) da pesquisa e catastroficamente da extensão. Resumindo-se ao ensino, poucas palavras sobre "o que é comentado na área" em que a disciplina se propõe a discutir, "fulano falou isso e aquilo" e "faça essa provinha aqui". É completamente um absurdo, pois o aluno fica muito distanciado da aprendizagem. É como se para o universitário, o "ver assunto", fosse uma garantia de que ele está aprendendo (e ai dele se não aprender).

A partir disso, nascem complicações ainda maiores, que competem à metodologia de ensino de professor e apropriamento para "passar assunto". Não há lógica mais absurda que essa, a meu ver. As disciplinas (me arrepia só por conta desse nome) se estruturam em tese, em três ou quatro capítulos de algum livro, dois artigos e duzentos e tantos slides que o professor passa em sala de aula (do qual alguns alunos, tiram fotos, pois serve para aprendizagem, de forma também muito curiosa, pois desconheço esse método) e é a partir disso que o professor "reproduz o conhecimento". E é cobrado do aluno isso. Ao sair da "disciplina", é como se o aluno fosse "mestre" daqueles assuntos, porém em minha opinião, essa é uma afirmação muito duvidosa.

E esse texto não é uma tentativa de culpabilização dos professores, não mesmo, quero deixar claro que a culpa não é de ninguém, é esta lógica de aprendizagem que é completamente fajuta, e mais ainda como reagimos a ela. Os alunos, também, que é a "parte mais importante do processo", são outros tantos "desencabeçados". A verdade é que ninguém gosta de estudar, também pudera com um sistema desses, mas que esse argumento não seja uma desculpa para "não estudo por que tem esse, esse e esse problema". Das poucas tentativas de mudança que há neste meio, pouquíssimas são aproveitadas, pois os alunos, acostumados ao ócio que se dá em sala de aula, reagem muito pouco a essas "inovações".

Ai, um reacionário qualquer, pode pensar ou escrever "ah mais ele só sabe criticar, só vem com essas ideias pessimistas querer frustrar minha ideia romântica de educação", "ele não está escrevendo dentro das normas da ABNT", "não é cientifico", bla bla bla. Acredito que só é possível mudar o macro, a partir do micro, é necessário criar microrrevoluções, para quem sabe, mudar nem que seja um pouco a estrutura do macro. E não vejo maneira adequada, para manifestar uma microrrevolução, de "maneira etiquetada", quem faz isso, para mim, ainda está sobre forças reativas. O ressentimento, diz Nietzsche, é aquilo o qual não podemos nem digerir, tampouco vomitar, criando assim o remorso, o ruminar nietzscheano. Por isso sou a favor do vômito, do escarro, do cuspir, tudo aquilo que incomoda. Tudo aquilo, que faz calar, tudo aquilo que faz apodrecer, até mesmo a aprendizagem.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dos perigos e caminhos encontrados pelo Ermitão-neófito na senda do conhecimento



"Me deparei com vários temas relacionados ao ocultismo, seja em algum vídeo, rede social ou e-mail, e fiquei bastante entusiasmado! E agora, por onde começar?"

Bom, é bastante comum no início nos depararmos com esta pergunta no inicio da caminhada, pois são tantos assuntos, tantas vertentes... e ainda sim, dentro destes assuntos e vertentes há uma infinidade de outros assuntos e vertentes. Objetivando então, ajudar o aspirante a neófito neste estudo, neste seu novo caminho e em suas práticas, tentaremos traçar aqui uma lista de diversos assuntos que são "essenciais", por assim dizer, para a fundamentação teórica e prática para todo e qualquer "aluno" de magia/ocultismo e afins.
Inicialmente consideramos importante esclarecer alguns conceitos para depois, delimitar a variedade de temas que o estudante poderá se deparará inúmeras vezes em seu caminho, o estudo sistemático deste incluindo sua teória e prática, se faz demasiado interessante. Um desses conceitos, é justamente o que nós estamos propondo falar: "Ocultismo". O que é? Você sabe?

Muitos dizem e afirmam ser estudiosos e pesquisadores de ocultimo, alguns mais ousados afirmam praticar ele, e há também quem converse a respeito sobre uma seita e/ou religião dentro do ocultismo. É bastante comum também vermos em blog's (sobretudo e infelizmente os mais visualizados e "badalados" da internet) referindo-se ao ocultimo qualquer coisa que seja "misteriosa", semelhante a lendas urbanas, ou até mesmo receitinhas de um livro e/ou crendice qualquer. Para citar exemplos: "Diga o nome TETRAGRAMMATON três vezes e serás protegidos pelos anjos do céu e os demônios da terra, blablabla". Eu lhes pergunto, será isto mesmo ocultismo? Eu acredito que não, para mim, isto nada mais é que uma expressão banalizada de um neófito, que seja por maldade ou ingenuidade deixou de lado o aspecto racional da questão.

É preocupante, pois estes ‘maldosos ou ingenuos’ tem-se somado de muitos que não poduram responder assertivamente a pergunta anterior, mas com uma boa intuição, e contando com sabedoria divina, já presente dentro de ti, saberá que isto não passa de "marmotagens" e como alguns dizem "esquizotérices" ou “exoterismo” (diferente é claro, do esoterismo). A formula básica deles é simples, e normalmente seguem um padrão (atente-se e anote num caderninho): misturar algum nome que chame atenção e/ou que possua alguma relevância com alguma coisa que seja fácil (por vezes até banal, como no exemplo do parágrafo anterior). É evidente que o nome TETRAGRAMMATON possui, digamos, que um certo "poder" (isto é, possui sua relevância) mas com toda certeza ele não irá lhe "proteger" de nada, sobretudo usando-o nesta forma tão ordinária.

Corrente isto, se faz ainda mais relevante o nosso post, onde uma vez estamos lançando uma luz, nesses caminhos tão nebulosos. Pois bem, o que é "Ocultismo"? Em suma, e para sermos direto, ocultimo é uma área de conhecimento que tem por objeto de estudo assuntos "ocultos" referente ao homem e os três ambitos de saber do conhecimento e senda esotérica: corpo, alma e mente. Sem querer levar para o âmbito da moral, e tampouco dizer que existe um ocultimo "bom" e "mal", diremos então que há os que estudam de fato os "assuntos ocultos" (isto é, tem um objeto de estudo delimitado e este se encontra ai, no mundo, nas pessoas, entre o visível e o invisível, entre o possível e o impossível) e há aqueles que "inventam" assuntos ocultos. A estes segundos muitos chamam de "esquisótéricos", como já mencionado. Bom, como já dito anteriormente, um bom aspirante neófito terá que contar inicialmente com sua intuição para saber discernir bem, com o tempo, o seu conhecimento adquirido irá se acoplar a sua intuição e lhe ajudará bastante neste processo.

Pode surgir alguma pergunta do tipo: “faz-se necessário, julgar estes ‘esquisotéricos’? faz-se necessáro dar esta ‘lição’ aos aspirantes?” Torno a responder com toda a severidade e certeza que sim! Pois, se o aspirante neófito no inicio da caminhada, se deparar com estas banalidades, e deixar-se ser mordido por estas cobras, será rapidamente setenciado a ficar preso em Malkuth, por um bom tempo, ou até mesmo, por um grande ciclo encarnações.

Mas não pense que é só isso, o caminho iniciátivo não é só separar o joio do trigo, há ai uma série de assuntos, vivências e experiências outras que haveram de vir posteriormente, mas isso cabe ao próprio, agora já neófito, achá-las e tratar de vivência-las.

Há porém, como já dito, muitissimos caminhos, muitissimas sendas, porém todas com o mesmo objetivo, auto-conhecimento e evolução espiritual. Vamos citar algumas sendas: A senda cabalistica, thelêmica, cristã, rosacruciana, luciferiana, satanista, budista, entre outras. Essa é normalmente, das mais citadas. Se valher o conselho, indico começar pela cabalistica a qual traduzimos e escrevemos uma série de artigos, se assim lhe for conveniente. Outra dica também, é esquecer sobre tudo o que já lhe disseram, e torna-se criança. Esquecer sobretudo, deste artigo, e de todos os artigos desse blog. É bem aconselhável inclusive nunca voltar aqui.

Ao tornar-se criança, poderá contruir sua prórpria senda, se assim lhe apraz. O que não convém, é tornar-se novamente vaca, sobretudo malhada.

Querer – ousar – saber – CALAR!

Pax et lux!


sexta-feira, 23 de maio de 2014

"O Livro Vermelho" de Carl Gustav Jung

O livro vermelho ou Liber Novus, de Carl Gustav Jung, editado pela primeira vez em Outubro de 2009 em alemão e inglês, contem imagens interiores que confrontaram com o inconsciente de Jung entre os anos de 1914 a 1930. Estas experiências visionárias lançam a base da compreensão da obra Junguiana que alcança a sua maturidade a partir da alquimia.

Este livro narra e ilustra belamente as visões aterradoras e relâmpagos de C. G. Jung, acontecidas entre os anos de 1913 y 1916 ou 1917, e sua ousada tentativa de compreendê-las. O livro Vermelho não é um livro filosófico, cientifico, religioso, literário ou de arte, mas suas impressionantes visões impactantes, literárias e plásticas transmitem uma visão de mundo tão arcaica como um romance.

O livro vermelho é surpreendente e inclassificável, pois não se ajusta a ninguém dos gêneros literários conhecidos e só pode comparar-se com os grandes relatos proféticos e misticos do passado mais remoto. Não obstante, esta obra expressa a vivências de um homem de nosso tempo, eco da voz da profundidade (nossa também), que transmite uma nova compreensão de si como resposta a desorientação do homem contemporâneo. Paradoxalmente, o Livro Vermelho permanece inédito por quase um século, no entando, os escassos fragmentos de que tomamos agora conhecimento exercem uma notável influência sobre a nossa cultura. Mas além da obra de Jung, todo o leitos interessado em avistar este horizonte simbólico de nossos tempos encontrará no Livro Vermelho um estímulo incenssante para seu pensamento, e sobretudo, sua imaginação.

"Um símbolo perde força, por assim dizer, sua mágica, ou se assim quiser, sua força redentora, logo que sua solubilidade é conhecida. A partir daí um simbolo eficaz há de ser de uma natureza intocável. Há de ser a melhor expressão possível da visão do mundo próprio de uma determinada época (e cultura), uma expressão que, em quanto aos sentido, seja impossível de superar; ademais, há de estar tão longe compreensão ao intelecto crítico que falte todos os meios para dissolvê-lo de maneira válida; e, finalmente, sua forma estética há de resultar convincentemente ao sentimento, de maneira que tampouco pode levantar-se contra os argumentos sentimentais" (Jung, C. G., Tipos Psicológicos).

A obra junguiana é, em última instância, 'apocalíptica' pois antecipa a imago dei que se gesta na alma humana e que constitui a profundidade orientadora da época. A alquimia constitui a chave hermenêutica fundamental da obra junguiana a partir da década de trinta; é a tradição que dá conta do simbolismo que deve ser assumido neste movimento apocalíptico.


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terça-feira, 18 de março de 2014

o fim é o meio. O inicio e/é fim.

este texto trata-se de um esquizoSetianismo, no sentido mais fétido, uma explosão criativa setiana, com muito, pouquíssimos ou nenhum significado. A leitura deste texto é dispensável. Os erros de escrita presentes, fazem parte do script, por motivos de: não há erros.
17 de mar. 04:44a.m
-- o por que de - Desgraçado por influências astrais, sol, lua, júpiter, MARTE, saturno! Todos conspirando atenuadamente num mesmo momento, segundo, milésimos em posições matematicamente calculadas para determinar uma caminhada terrorista neste orbe terrestre.
Sentenciado a carregar a vibração de um nome o qual não escolheu, que significa “aquele que ruge como um leão”, e prende-o dentro do peito.
Carregado nos braços de orixás e Nkisis desde o nascituro que viajaram da África para o Brasil para me ajudar a cumprir a verdadeira vontade, da qual me é desconhecida, porém muito procurada.
Acompanhado igualmente desde o nascituro, por uma parte desconhecida de mim mesmo, porém mais inteligente e assustadoramente sensata e justa, a qual chamam Sagrado Anjo Guardião,  Anjo da Guarda, Exu guardião, etc., da qual até mesmo o próprio nome desconheço, por ser irreversivelmente burro,  preso a limitadíssimos sentidos, da qual temos certa deficiência igualmente irreparável em cada um dos mesmos.
Afinidades de amigos espirituais, do qual conheci em vidas passadas, também me é comum, visto que já vivi tanto, e assim desconheço, do que vivi, há quem diga que lembre-se, outros contam quanto já viveu, no lugar disso tudo, ponho uma interrogação e por cima dela uma virgula, pois o medo de indagar por vezes me consome.
tentativas irrelevantes e invariáveis de contatar o outro mundo, sim por que este é demasiado imbecil a ponto de não poder estabelecer contato algum entre duas pessoas por mais que próximas ou mesmo lado a lado,  afim de estabelecer contato, obter o verdadeiro conhecimento ou as mais fantásticas mentiras.
Fruto de filosofias baratas, sim, pois comprei uma vez de oito reais um livro de Nietzsche numa banca de revista, nas mãos de uma senhora emburrada com sua vida triste e seu trabalho a qual a desvalorizava profissionalmente e como mulher todos os dias, o qual este conjunto me ensinou a indagar compulsivamente e me abster de todas as certezas que tinha acumulado com tanto esforço... Ah... como doeu, minha certezas
aquelas qual me segurava-a com tanto prazer
a lucidez, dói, é cancerígena, que não de multiplica. Mas pesa.
O saber, tantas vezes mediocrizado  transformado em piada, ou até mesmo pedante, ou vendido trocado em status quo numa sociedade imbecíl, de valores econômica e politicamente corretos, chamado de acadêmicos, o qual vivem em certezas esquizofrênicas e mais uma vez rendodamente imbecis .
assim setenciado a não-valores, indagações importunoas, desconfiaça limítrofe e um toque de rugido de leão, mercúrio e marte ascendendo sobre o horizonte, transforma assim aquele que foi conspirado pelo universo, ao de redor, a margem, olhando para o mundo de forma horizontal e rindo.
A ponto de escorrer lágrimas.
pois não é possível que tal seja real. Não é possível que o real seja de certa forma.
perdido mais uma vez noutras filosofias, agora, a olhos herméticos, mais requintados, encontro o marte em leão ardendo em meu rosto, sobre meu pensamento, deixando-se levar pela viagem de peixes
deparo-me então com regras a qual organizam este caos, e me diz o por que de toda essa conspiração que o universo, e forças sobrenaturais, desabam e colocam a minha costa, e percebo que Jesus subindo ao calvário não se trata de uma cena para se emocionar, por empatia, mas chorar de dor, pois sou eu quem carrego a cruz, a subo o verdadeiro calvário, poois onde acreditava estar no cume mais alto, olhando para o mundo rindo, na verdade, trata-se do ponto mais baixo e menos glorioso, do inferno.
meios as poucas palavras existentes num vocabulário pobre, de uma linguagem esquemáticamente ruim escrevo aquilo que não pode ser dito, dito.

numa conjuração esquizo-Setiana  o rugido de leão, mais uma vez prende-se ao peito. Deixando mais dúvidas, do que ao começar esta caminhada. Olhando para trás, e vendo que menos de meio passo foi dado. Encontrando-se banhado de suor. Ofegante, caio ao chão, me perguntando  -- o porque de -- 

Leitura Simples – Quando o tempo bate a nossa porta


Há certos momentos em nossa vida que o tempo bate a nossa porta cobrando aquilo que a muito tempo nós já viemos procrastinando. E quando isso acontece não podemos mais negar, não podemos infelizmente pedir um prazo.

Ele demora a chegar, mas quando chega... Ele vem para ficar e somente se despede quando tudo está de cabeça para baixo. Quando de costas ele dá uma risada sarcástica e diz com seu peito cheio de ar: “Eu avisei!”.

Porém, assim como nem tudo é flores, graças a Deus, igualmente nem tudo são trevas.  “Somente à noite podemos sentir o perfume da água claramente. O sol tem odor demais para permitir que a água iluminada por ele nos deixe sentir o seu.” (Essências e Alquimia - Mandy Aftel).

Em meio a este reboliço, fiz uma tiragem deveras simples, com uma técnica que determinei e criei durante o embaralhar e a tiragem das cartas, que consistia em, somente com os 56 Arcanos menores (pois estes se tratam de assuntos e experiências corriqueiras do dia-a-dia, e não queria, inicialmente, uma análise profunda do que estava acontecendo).

Pois bem, as cartas que saíram foi:
O Oito de Copas no Tarot de Marselha - Kris HadarO Nove de Espadas no Tarot de Marselha - Kris Hadar
Oito de Copas     9 de Espadas


Determinei da tiragem que a primeira carta falaria um pouco do que de o consulente estar se sentindo de tal maneira, e a segunda carta um conselho rápido, do que poderia ser feito de antemão.

Pois bem, inicialmente podemos perceber que esta junção copas-espadas se diz respeito a problemas relação a emoção-pensamento, por se tratar de um problema sério (do qual eu conheço muito bem o problema, porém não é legal comentar aqui no blog) poderia já de inicio falar que é uma neurose, ou regressão, isto é, alguma emoção não muito bem resolvida, ou uma situação não muito bem resolvida que se deixa afetar pela emoção, que ocasiona numa fenda ou numa ‘tatuagem’ no pensamento.

A primeira carta, 8 de copas, normalmente compreendida ou relacionada com a “coragem” fala justamente do que em síntese disse nos parágrafo anteriores, este arcano nos remete sobre um momento de muita reflexão, de olhar para dentro de si, na tentativa de realizar um julgamento equilibrado e seguro, quando de repente vê-se obrigado a abandonar sua passividade diante do problema, falando em problema... O grande problema, que esta carta nos avisa é que a não-perca da passividade pode acabar gerando uma fixação de pensamentos, um remoer da situação, um remorso.

No tarot de Edward Waite  vemos, como na figura ao lado um homem abatido que abandona suas 8 taças de ouro, sob a introspecção da lua, que está minguante e cheia, nos remetendo a frase que utilizei no inicio do post, “sob a luz da lua, podemos sentir a real fragrância das águas” significando que ‘na noite escura da alma podemos perceber o valor cru das coisas que nos rodeiam’. Estas taças podem ser visualizadas como a sua felicidade, esforço, ou preocupação anterior, já que esta antecede o arcano 7 de copas, onde o mesmo é compreendido como um homem vendo visões fantásticas das copas.

No geral podemos dizer, com até mesmo uma gíria que nesta jogada a carta representa “a casa caiu”. A carta 8 de copas, é vista no Petir Lennormand como a carta da Lua, que também podemos dizer que indica uma grande introspecção.

Quanto a segunda carta, 9 de espadas. Espadas é a carta do pensamento. Trago para reflexão a interpretação desta carta feita por Aleister Crowley, no seu livro “O Livro de Thoth”:


“O número nove, Yesod, traz de volta a energia ao pilar central da Árvore da Vida.  A desordem anterior [ele refere-se à carta oito de espadas] é agora corrigida.

Mas a ideia geral do naipe esteve em contínua degeneração.  As Espadas não representam mais o intelecto puro tanto quanto a agitação automática de paixões cruéis.

A consciência se precipitou num domínio privado da luz da razão. Trata-se do mundo dos instintos inconscientes primitivos, do psicopata, do fanático.

O regente celestial é Marte em Gêmeos, fúria grosseira de apetites atuando sem freio. Embora sua forma seja intelectual, é a disposição mental do inquisidor.

O símbolo mostra nove Espadas de comprimentos variáveis, todas se dirigindo com suas pontas para baixo. Estão repletas de mossas e enferrujadas. Veneno e sangue gotejam de suas lâminas.

Há, entretanto, uma maneira de lidar com esta carta: a maneira da resistência passiva, resignação, a aceitação do martírio.

A fórmula da vingança impiedosa não é tampouco contrária.” P.234

Podemos dizer então, nesta caminhada que o consulente faz para distante de suas copas, para dentro de si mesmo, que determina num ato de coragem (sim, pois a maioria das pessoas tendem a olhar para fora, o olhar para dentro muito vezes é perigoso, o que determina um ato de coragem, brigar com os dragões interno), ele encontra estas nove espadas cortantes, pingando sangue e completamente enferrujadas, no interior de sua psique. E como determinado inicialmente, que esta segunda carta seria um conselho, posso dizer, que inicialmente esta carta mostra também a necessidade do consulente fazer um trabalho dentro de si que seja perseverante, a fim de limpar cuidadosamente estas espadas e colocar num lugar apropriado, onde não possas machucar ninguém.

Este trabalho tem por objetivo livrar-se daquilo que significaria uma estabilidade enganosa, onde o empenho nestas seria um gasto de energias em vão, paralisando assim a evolução.

Percebam como as cartas se encaixam, como um rizoma, que num determinado caminho de exploração, elas se cruzam e mostram que estão interligadas. A carta de 8 de copas, nos fala de um homem que deixa suas taças de ouro, e a carta nove de espadas nos lembram de trabalhar estas questões, de traçar objetivos a fim de não mais gastar estas energias em vão.

No Petit Lenormand e no Baralho Cigano, a carta nove de espadas é representada pela Âncora, que representa, também que “o momento de compreender que a segurança e a estabilidade, material e emocional, resultam unicamente da fé” (G. Spacassassi), que pode ser interpretada este conceito “fé” aqui, como um traçar objetivos.


Fico por aqui, refletindo.

sábado, 15 de março de 2014

Acender ou não acender vela?


Num fórum de discussão vi uma menina se queixando de estar passando por alguns problemas espirituais que estava relacionado claramente a uma mediunidade ostensiva, a mesma frequentava um terreiro de umbanda e até mesmo chegou a rodar numa gira de esquerda. Ela queixava-se de, em resumo, está se sentindo mal ultimamente.

Nesta situação a moça disse que tinha medo de acender vela, pois a zeladora da casa a qual ela frequentava a proibiu, a mesma disse ainda, que num dia de trabalha um Caboclo falou a ela que acendesse uma vela e a zeladora da casa repreendeu a entidade.

Vim comentar rapidamente sobre este assunto, o qual ao meu ver, achei um absurdo. Uma vela, ou Inã em Iorubá, é um instrumento que é muito utilizado em todas as religiões existentes, ela em si, é um mistério. Ela possuem uma utilidade importantíssima. Ao acender uma vela nós estamos abrindo um portal, e através desse portal direcionamos aquela energia para um determinado objetivo. Por isso a vela é um elemento religioso e mágico importantíssimo.

Rubens Saraceni em seu livro A Magia das Velas afirma:

“O uso religioso das velas justifica-se por que quando as acendemos, elas tanto consomem energias do “prana” quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas irradiações ígneas.”. p.33

É justo por essa capacidade que as velas possuem que ela é um elemento mágico por excelência, pois por meio de suas vibrações e irradiações incandescente é possível por meio dela intercambiar energias de outros planos.

E assim voltamos à pergunta inicial: Ora, pois, acender ou não acender uma vela? Sempre é bom acender velas, desde que esteja sendo firmada num local que seja longe de perigos e que esteja presente. Caso não tenha familiaridade ainda não tenha conhecimento o suficiente nunca acenda uma vela e saia do local, pois como se trata de um local, por meio do desconhecimento próprio ao acender uma vela de uma determinada cor em determinada posição, poderá invocar alguma entidade que provavelmente ficará aborrecida com o caso e desde que seja com bons intenções também. Pois, quando uma vela é acendida e firmada com sentimentos positivos sua função será de energizar. Agora, se o sentimento for negativo, o fluxo será desenergizador, podendo até mesmo romper a aura do energizado.  

Como dito, trata-se de um post rápido. Mas fica o conselho para quem, como eu, adora velas.

Inicialmente trabalhe somente com velas brancas!




sábado, 8 de março de 2014

Números, arquétipos e tarô

A teoria de Jung sobre os arquétipos e o inconsciente coletivo é conhecida por muitos. No entanto, não é menos que os números também representam arquétipos por si mesmo. A estrutura destes arquétipos está intrinsecamente relacionada com a numerologia pitagórica, e o sistema de Sephirot da Cabala, assim como o misticismo atribuído aos números em diversas culturas.

Para Jung, experimentamos o inconsciente coletivo em dois níveis: o físico (material) e o psíquico (mental). Também incorpora em sua teorica uma realidade que denomina "Unus mundus", e que este une os níveis anteriores. Jung afirma que os arquétipos mais básicos sãos os numéricos, e que esses números são a chave para a relação entre o físico e o psíquico, a chave para muitos mistérios.

Os números possuem dois planos: O qualitativo e o quantitativo. O enfoque quantitativo é levado pelo enfoque da ciência, e corresponde ao material. Já no aspecto qualitativo, se associa ao mental. Jung coincide em parte com os pitagóricos, que via os números como princípios cósmicos, com um lado material e outro espiritual.


Quando se inclui a faceta qualitativa em sua interpretação dos números, estes se transformam em meras quantidades: 1, 2, 3, 4, encarnam valores arquetípicos como unidade, oposição, conjunção, complexão. Podem-se encontrar analogias claras entre os significados dos arcanos maiores e menos pelo seu aspecto qualitativo de seus números.

Os arquétipos e o inconsciente coletivo de Jung, junto com os números pitagóricos, são um interessante campo de estudo para quem desejar se aprofundar em seu conhecimento a respeito do tarô.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Arcanos Maiores: O Louco (Tarô de Marselha)

Na carta do ‘Louco’ aparece um homem que caminha sem rumo, avançando pelo caminho da vida. Leva um chapéu amarelo terminado com uma bola vermelha que se assemelha os que eram utilizados pelo bobo da corte. Passa quase que desapercebido, nada o preocupa. Não leva consigo quase nada, exceto um pequeno pacote, amarrado num bastão, são essas as suas experiências. Olha para cima e para o futuro sem nenhuma problema e/ou preocupação, e sobretudo, sem medo do que pode se deparar.

Alguns interpretam que ele só decide o seu caminho, o que vai seguir, quando se esta seguro de si mesmo. Outros dizem que a sua inconsciência é que faz disto o seu caminho totalmente indiferente.

Para o louco a vida é uma aventura. O louco se desafia a explorar novos terrenos, passando assim pela ação, a busca a sua verdade e viver a vida como uma aventura. O Louco é a potencia em si, cheio de energia e enérgico ele caminha despreocupado. Necessitamos fazer coisas novas e nossa vida, passar por entre as fronteiras, ou simplesmente esquecer-se delas.

Observamos que sua calça está rasgada, certamente foi o cão que o rasgou. Eis um dos mistérios desse maravilhoso arcano, o cão: É este o seu cão? O cão quer manter o louco para ele não sair, ou, pelo contrário procura assustá-lo? Seria pouco isto, e procurou rasgar as suas calças para afastá-lo?

O louco é uma figura inovadora e geniosa. Desafia o convencional e sugere alternativas. Frequentemente sobre perseguições, por aqueles que temem as suas mudanças, ou o que ela representa.

"El loco" incide que devemos fomentar nossa individualidade. Detesta quem o ordene, e tudo o que lhe representa autoridade.

No Tarô de Marselha o Louco se corresponde sem número ou com o número 0, a potência infinita. O "sem número" carrega em si a potência de muitos números. 0 ou 22?  Representa o todo e o nada. É o caos primordial lá antes mesmo da manifestação física. É muito usual que esta figura represente o consulente. Os arcanos maiores representam o caminho que a alma percorre nesta vida, um caminho de conhecimento e perfeição. O Louco simboliza o inicio desta viagem. Creia em seu futuro e no momento presente, não em um momento passado ou devaneios do futuro. Passado e futuro é uma carga desnecessária. Viaja leve, carregando em sua mochila somente o necessário: o presente.


O louco nos ensina que a simplicidade é a chave para a vida.

A noção de obscuridade na Wicca

A maioria dos Wiccanos, isto é, os novos neo-pagãos, tem em sua cosmovisão e sabem da existência do "lado escuro" do universo. E é sobre o que vamos discutir aqui rapidamente.

O "lado escuro" do Universo e da vida como um todo pode incluir-se dentro do conceito perverso, sim ou não, a depender da crença individual de cada um. Porém no geral, podemos perceber, até mesmo na prática e com o passar dos anos, que aquilo que é iluminado e brilhante nem sempre é bom, para nós, fazendo assim com que compomos más relações.

Com isso podemos pensar junto com Espinosa os conceitos de bom e mal: "O bom existe quando um corpo compõe diretamente a sua relação com o nosso, e, com toda ou com uma parte sua potência, aumenta a nossa", e o mal "para nós existe quando um corpo decompõe a relação do nosso".

Logo, o lado obscuro do universo seria para nós, ora, más relações que se contenta em sofrer consequências, ora, boas relações que de todo modo, edifica. Um outro poderia chamar este princípio de outra maneira, como por exemplo, criação, renascimento, entropia, etc.

Os Wiccans, em vez de igualar o lado obscuro com o mal ou o perverso, entendem que o obscuro é uma parte inseparável da vida e do universo. Assim como a morte move a roda do ano.

Pensemos, junto com eles, muito embora os fertilizantes é composto em sua essência por materiais que se encontram em decomposição, que jardim poderia sobreviver sem estes fertilizantes? Este material está dentro do 'lado obscuro', porém nos trás benefícios, ou seja, houve uma boa relação. Do mesmo modo, a morte é um processo 'obscuro', mas que é parte integrante de nossa vida, assim como a do Deus.

Os pagãos tomam para si o culto da morte, em um de seus Sabás, como parte natural do ciclo anual. Portanto, os wiccanos preferem pensar que o obscuro é apenas um aspecto natural da vida e que não há por que ter medo, tampouco evitar, mas compreender e respeitar, uma vez que esta representa um papel muito bonito e importante na natureza e em nossa vida, refletindo então no universo.

Ritual de Samhain

quinta-feira, 6 de março de 2014

Entregue tudo

Dá-me tudo, amor
Dá-me tuas mãos, dá-me teus sonhos
Dá-me tuas tristezas, dá-me teus anseios
Que desmaio em teu corpo, 
que se ocultem teus olhos,
que se contende o tédio, 
que eu estou para ti
estendendo os meus braços,
segurando o vazio,
sussurrando a seu ouvido, 
que ao cair, eu te sustento.
e juntos, cuidaremos
das feridas
...
feridas.
Sanaremos os casos perdidos,
pois o que quero é o todo de ti:
ou minha existência estelar
a teu lado
...
lado.

ou minha inexistência contigo.

quarta-feira, 5 de março de 2014

O tarô é um meio de adivinhação? Que absurdo!




Li a um tempo atrás, num determinado blog, uma moça comentando algo parecido com:


"O tarô é um instrumento de prognósticos... porém não para decifrar o futuro com este mesmo instrumento. O mesmo trata de ‘analisar’ a condição mental e psicológica do indivíduo no momento em que formula a sua pergunta. É esse estado mental que leva ao indivíduo fazer um destino/futuro especifico."

Com um tempo também, pude afirmar que outras pessoas compartilhavam a mesma opinião. Pois que tenho algo breve para vos dizer. Essa sua opinião sofre, de certa estreiteza. Os seguidores das correntes Junguianas de uso e interpretação do Tarô, talvez concorde com a opinião acima. Porém não estão prestando atenção num aspecto muito importante: A relação entre tarô e vidência. Que por mais que alguns não acreditem, existe sim! Inclusive na teoria de Jung, sobre o inconsciente coletivo e sua relação com a sincronicidade parece de certo modo uma maneira de explicar as experiências de vidências. Fica para o estudo próprio de cada um, caso se interessar.

O Tarô, assim como qualquer outro oráculo, também é um meio pelo qual as pessoas conseguem canalizar e "ativar" o dom que tem de predizer, e/ou perceber tendências de acontecimentos futuros. O tarô revela muitas coisas que não tem nada haver com o estado mental do consulente. Quem emite esta opinião demonstra certa ignorância sobre o que se pode obter e revelar numa tirada de Tarô quando se é realizada por uma pessoa que possui o dom da vidência.

Quando comprei o livro do Jodorowsky "La vie del Tarot" me ocorreu um detalhe muito curioso: Eu abrir o livro ao acaso, e justo a página que eu tinha escolhido dizia legivelmente que o Tarot não servia para predizer o futuro. Para mim o livro perdeu bastante interesse desde o presente momento. Jodorowsky negou a realidade do Tarô.

No mesmo blog, a autora dizia algo parecido com:

"Por outro lado, a julgar pela correspondência que o tarô tem recebido, muitas pessoas procuram esses ‘leitores de carta’ e a maioria destas pessoas se creem vitimas de bruxaria, e recebem este diagnóstico justo de alguém que "ler as cartas". Eu considero isso um dos truques mais baixos, perverso e daninho que se pode cometer! Eu recomento a todos que, se algum “leitor de carta” começa a dizer que "alguém lhe tem feito algum trabalho". Por favor, levante-se imediatamente e deixe-o com as palavras na boca"
[...]
Em primeiro lugar, o "ler as cartas" não é nenhuma magia. Toda pessoa pode fazê-lo. Por isso sugiro a qualquer um que queria começar a entender os poderes de sua mente que se compre um jogo de tarô e aprenda a ler. Por outro lado, vemos pessoas com um dos oráculos mais fáceis do mundo na mão, com qualquer familiaridade com a simbologia das cartas, e com as habilidades mais rudimentares de observação do comportamento humano decide dizer algo sobre outra pessoa sem qualquer hesitação. Não se desejar mais do que isso a um perfeito estranho com um tarô nas mãos, não se impressione com um sofrido desengano amoroso.

Com todo efeito, ninguém realmente deve se impressionar com um desengano amoroso. Como também, tampouco deve se impressionar caso um desses “perfeitos estranho” descrevem com detalhes sua casa, sua família sem nem mesmo saber onde ela fica ou sequer ter entrado em sua casa: Pois eles possuem "habilidades rudimentares de observação do comportamento humano". Se também lhe falam sobre atos e sobre os detalhes mais profundos de sua personalidade, que talvez seja algo que é impossível que conheçam, não caia em surpresa: pois qualquer "alguém familiarizado com a simbologia das cartas" faz isso sem problemas. E sobretudo, não se esqueça "TODA pessoa pode lê-lo", sem dificuldades.

Entre os tarólogos, astrólogos, e etc. existe muitos charlatões sim. Isso é uma realidade indiscutível. Porém creio que é igualmente indiscutível que o índice cresce de charlatões que negam a existência de fenômenos esotéricos de certas práticas, a do tarô por exemplo.