O post de hoje, é um tanto quanto 'aterrador' e tem uma visão bastante pessoal do autor. Fica o aviso!
Bom, a ideia em si surgiu de um pensamento rápido que me ocorreu, frente há algumas experiências que me chocaram. Eu tenho a oportunidade, hoje, de ensinar matérias diversas a crianças do ensino fundamental, funciona semelhante a um reforço escolar. Pois bem, em especial uma das crianças a qual eu ensino, vou chamá-la aqui de M, é aluna do segundo ano do ensino fundamental de uma escola pública da minha cidade, ainda em estado de alfabetização e tem aproximadamente 7 ou 8 anos. A mesma tem uma uma família completamente desestruturada, o pai e a mãe vivem brigando, o segundo em posição de alcoólatra, chega por vezes a prática certas maldades com M e sua irmã mais velha de 15 anos; maldades estas que envolvem "surras" desnecessárias, assim como também castigos sem lógica e com crueldade, pode-se imaginar ai, até mesmo um sadismo, enfim. Já a mãe de M, é uma mãe carinhosa, porém um tanto quanto levada, a mesma tem vários amantes e expõe abertamente para as filhas, frequentemente vive em festas, e coisas pejorativas que molesta a sua posição como mulher.
Dentre esses e outros fatos, que não convém comentar, no momento, já deixa a margem de como é a dinâmica popular. Eles são de classe média baixa, e divide essas travessuras com o tempo que passam no emprego. Para a criança isso, já é vivenciado como algo normal, e chegam até mesmo conversar abertamente sobre o assunto a ponto de falar "Minha mãe vive num arem"; (Eu vim sabe o que é um arem um tempo desses); É assustador, principalmente para mim em posição de professor, eu fico sem saber o que fazer em certas situação, qual deveria ser a atitude ser formada a partir dessas questões? O que compõe minha responsabilidade ética para com essas questões?
Ainda como ironia, me aparece o assunto, para a prova, em seu livro escolar, o assunto que envolve "Família"; Onde a criança, numa pergunta "Escreva o nome das pessoas que compõe e faz parte da sua família" a criança coloca o nome da mãe, do pai, da irmã e dos dois amantes da mãe. É uma situação complicada, para se intervir para com a criança nesse estado.
E as problematização futuras? Como que se constituirá a dinâmica psíquica dessa criança quando adulta? Visto que a família é um grupo social de suma importância na construção de uma identidade para o individuo, como será vivenciada a família por essa criança daqui a, ~15 anos? Ora, não estamos falando de um caso único, nós sabemos, por mais que não nos atentemos a essas questões, de que isso é um reflexo de nossa sociedade brasileira, nos cantos, nas favelas, na rua. Se fomos parar para pensar, quem está errado nessa questão? Precisamos pensar nossa constituição moral a respeito do que vemos para o cidadão. O pai de família pode beber, por ter uma vida, a qual julga ser uma merda onde se ver submisso a vários outros, e por assim dizer se utiliza da droga para para atuar como um supereu onde é opressor ao invés de oprimido. A mulher pode ter seus dois amantes, por que nunca tentou a experiência sexual com outros homens, e seu atual casamento foi num casamento arranjado por seus pais, e por motivos financeiro, o casamento é sua única oportunidade de garantia de qualidade de vida para você mesma e suas filhas.
Esses fatores, sãos hipotéticos, mas que pode ocorrer semelhantemente em longa ou pequena escala. Ora, o que fazemos, o que fizeram, o que vamos fazer com essa sociedade que temos?
Ou vocês a julgam como boa? Aceitável?
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