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sábado, 2 de agosto de 2014

Evolução e Involução na Árvore da Vida


Existe um ciclo de involução e evolução que se aplica a todos os níveis do universo. No ciclo de involução se manifestam sucessivamente os 4 |níveis de manifestação| e vão descendo pela árvore, adquirindo assim qualidades cada vez mais diferenciadas e densas para chegar ao mundo físico tal como o conhecemos. O movimento de Evolução seria a mudança para retornar a fonte a partir de Malkuth, ascendendo por toda a árvore. Poderíamos dizer que a involução é submersa em um plano de manifestação: o mundo de Assiah, enquanto que evoluir seria domar este plano e transcender-lo. A grande metáfora evolutiva da Kabbalah é a ascensão da alma pela árvore da vida, contribuindo ao Tikun Olam , o plano espiritual de evolução do mundo.  Para ilustrar isto temos alguns elementos simbólicos a vezes representados na Árvore:


O Raio Relampejante que como uma espaga de fogo percorre em zigue-zague a árvore da vida até Malkuth. É o  "declínio do poder" ou movimento de involução, a manifestação da divindade do mais sútil ao mais denso, para chegar ao mundo material.


A Serpente de Nechushtan, faz o movimento inverso do raio, a evolução percorrendo desde Malkuth todos os caminhos da árvore até chegar a Kether. Esta serpente nos recorda a Kundalini Shakti buscando sua união cósmica com Shiva.

A serpente é um simbolo dual que podemos representar pela víbora e a cobra: A víbora representa o aspecto ignorante, nosso primitivo cérebro de réptil, nossa animalidade. A cobra por representar o contrário, tal como mostravam os egípcios em "Ureus", nosso impulso para elevar-nos e transcender, para evoluir. Inclusive, na iconografia cristã existe este aspecto dual da serpente em Anfisbena, a serpente de duas cabeças, uma das quais representa a Cristo e a outra Satanás. O Valor numérico desta relação, pela gematria, corrobora com esta relação. É muito importante ressaltar que, todo os objetos tem em si sua dualidade, normalmente etiquetados como "bom" e "mal". O aspecto de Satan como serpente tenta Eva a comer da Árvore do Conhecimento, porém ele não é mal por propor tal feitio, , mas por ignorar que antes deve-se comer do fruto da árvore da vida. Se pretendes evoluir - que é o que Nechushtan representa - antes de obter o conhecimento, que na árvore da vida se encontra na Sephira de Daat, é importante caminhar pelos outros caminhos, pois o perigo que corres é acabar no Abismo de Daat.

O Raio Relampejante entra desde Kether pelo carinho que corresponde a letra Shin, que precisamente significa "fogo e espírito". E percorre em zigue-zague até passar por todas as Sephirot até chegar a terra em Malktuh.

A direita vemos 3 tríades estruturais, limitadas pelas 3 vigas das árvore, os caminhos horizontais que unem as sephirot externas.


A tríade superior é chamada de tríade das raies e corresponde ao "mundo das emanações". (atziluth).


A tríade do meio é chamada de tríade da Ética e corresponde ao "mundo da criação" (Briah)

A tríade inferior é a tríade do templo da coragem, e corresponde ao "mundo da formação" (Assiah).

O mundo da "ação" se corresponde com a décima sephirot, Malktuh.

A evolução, ou retorno a origem, pode realizar-se por dois caminhos:

O caminho da iniciação, que é seguido pelos espirais da serpente ascendendo até Kether e passando por todas as Sephirot e caminhos da árvore. Este é o caminho do ocultista.

E o caminho da iluminação, também é chamado de Caminho da seta, que ascedente pelo pilar Central, desde Malktuh até Kether, passando por Yesod, tiphereth e Daath e os caminhos 21, 14 e 2. Este é o caminhos do místico e do mesmo modo que ascender uma montanha, é muito mais "difícil" que fazer o zigue-zague, este caminho é direto, porém requer uma fé e energia excepcional, e sobretudo, um grande equilíbrio, tal como representa o pilar central. No Yoga, representa a ascensão pela Kundalini pelo canal central: Sushuma.

Em qualquer dos casos, a ascensão implica atravessar algumas barreiras que marcam a 'fronteira' de um nível de manifestação a outro. Estas barreiras impedem a ascensão do indivíduo que não é evoluído a nível do próximo nível de manifestação. Veremos sobre estas barreiras mais adiante.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Os 3 pilares da Árvore da Vida


Há 3 pilares ou colunas na árvore da vida:

 - A columa direita, de cor branca, chamada de Misericórida.
 - A coluna esquerda, de cor negra, chamada de Rigo.
 - A coluna central, de cor cinza, chamada de Equilíbrio. 


Cada um destas colunas tem os atributos de suas principais esferas:

 - A coluna direita representa a energia e o espaço (Chokmah);
 - A coluna esquerda representa a matéria e o tempo (Binah);
 - A coluna central representa a consciência (Kether);

Naturalmente as colunas esquerdas e direitas equivalem as colunas "Jaquin" e "Boaz" do templo de Salomão. O aspirante a entrar no templo seria a coluna central, e se coloca entre as colunas ao entrar, no lugar central ou meio, aonde se produz o equilíbrio ou harmonização de toda a dualidade através da coluna vertical invisível. O balanceamento das foras Yin e Yang possibilitam o equilíbrio exato para ascender a unidade.

O Caduceu de Hermes ou Mercúrio, o vemos como energias contrárias ou um par de opostos, por assim dizer, que neste caso são representados por duas serpentes, que se unem por uma ação de um eixo central que as concilia, as ordena e as transcende. Mediante esta união dos contrários que esta dualidade é superada pela função polar do eixo mesmo, que transcende os opostos. 

Esta "trindade" podemos ver-las também em ouros sistemas. Por exemplo, no Yoga, seriam equivalentes aos três "Gunas": 

 - Rajas: energia, coluna direita.
 - Tamas: matéria, coluna esquerda.
 - Sattva: consciência, coluna central. 

Também existe um paralelo com os 3 nadis principais do corpo sútil: 

 - Ida: Aspecto feminino, coluna esquerda.
 - Pingala: Aspecto masculino, coluna direita.
 - Sushuma: Canal central por onde ascende a Kundalini: coluna central.

Os nadís se cruzam em cada Chakra, e como veremos mais adiante existe uma correspondência também, entre os chakras e as Sephirot.
O canal central, Sushuma, na árvore da vida se corresponde com o pilar central e é chamado de "a trilha da seta", que ascende direto desde Malkuth e Kether, passando por Yesod, Tipharet e Daath. É a trilha que falam todos os iniciados, das grandes tradições. 

Desde a física quântica, pôde-se estabelecer-se um interessante paralelismo: o fóton se comportam como uma onda, ou partícula segundo o observador: onda, energia, partícula, como matéria, e o observador representa naturalmente a testemunha: a consciência. Está aqui os 3 ingredientes básicos que formam o universo. 

domingo, 27 de julho de 2014

Os níveis de manifestação da Cabala


Na Cabala muito se fala que há 3 níveis de existência negativa: o não-manifesto, e 4 níveis de existência positiva: o manifesto. 

Os três níveis ou 'véus' da existência negativa, conhecidas como Ain אּיּן (Nada), Sof   סּוּףּ (Infinito ilimitado) Aur אלוּרּ(Luz). Este Ain Sof Aur סּוּףּ אלוּרּ אּיּן ou Luz Infinita que vem do nada, está além de nossa compreensão, e só a partir da primeira emanação do não-manifesto, que é a esfera de Kether, é que pode-se entrar em uma certa compreensão, mais intuitiva do que racional, uma vez que esta primeira Sephirot representa a unidade, um Ser Único e existe em si mesmo, comumente chamado de D'us, cujo nome em Kether é Ehyeh אּהּיּהּ.

O Evento ocorre quando a luz infinita de Ein Sof é contraída, afim de criar um espaço vazio no qual pode-se desenvolver assim, outros mundos. Esta contração é chama de Tzimtzum זּוּם זּוּם, e é a fonte de todos os níveis de manifestação. O Tzimtzum marca a passagem da realidade última, realidade está que é perfeita e infinita, em contraponto aos mundos manifestados que são limitados e imperfeitos, em que a luz infinita tem por garantia velar pelo maior grau de cada nível de manifestação. Uma impressão desta luz infinita, chamada de Reshimo permanece como um traço/presença no espaço de criação, assim como a santidade de um homem justo que irradia sua energia no lugar que permanece. Este Reshimo se projetará em Ein Sof através de Kav, o raio divino ou o Raio Relampejante. O espaço se preenche de luz infinita, dando lugar a um primeiro nível de existência conhecido como Adán Kadmón ou Homem Primordial, que será a raiz das dez sephirot. 

As etapas que se sucedem são pois, cinco:

1 - O não-manifestado: Ein Sof
2 - O Tzimtzum
3 - A formação do Reshimo
4 - A entrada do Kav
5 - A geração de Adam Kadmón, a alma da dez Sephirot.

As dez sephiras são recipiente ou vasilhas, Kelim, que acolhe, ou sede a luz de Kav em sua manifestação, começando desde Kether, a primeira Sephira, e terminando em Malkuth, a décima de última sephirot, agrupando-se em distintos níveis ou mundos, Olam. Parte desta dinâmica, explicamos no post anterior sobre cabala, na parte que introduzimos sobre a Escada de Jacó. 

Estes níveis de manifestação seriam:

- Aziluth, nível de emanação: Compreende a tríade das raízes ou "grande rosto", formado pelas Sephirot de Kether, Jokmah e Binah.

- Briah, nível de criação: Compreende a tríade do despertar: Jesed, Tiferet, Gevurah. 

- Yetzirah, nível de formação: Compreende a tríade do templo da alma: Netzaj, Yesod, Hod.

- Assiah, nível da ação: Compreende a esfera de Malkuth.


Atziluth: É o plano divino ou "mundo arquetípico" que dá lugar a manifestação representada pelas dez emanações ou sephirot, cada uma das quais representa um aspecto divino: Sabedoria (Chokmah), inteligência (Binah), Misericórdia (Chesed), Rigor (Geburah), Beleza (Tipharet), Eternidade (Netzach), esplendor (Hod), Fundamento (Yesod) e Reino (Malkuth). Aqui se encontra o reflexo do homem superior e divino: Adam Kadmon, o homem primordial. 

Briah: Neste plano é transpassado pelo abismo, e por tanto há produzido aqui, uma grande separação entre o Sujeito-a divindade-, e objeto-a criação. As esferas que a compõe encontram-se a cavalo entre o plano mental (Tipharet) e o plano espiritual (Chesed, Geburah). Se associa aos planos dos arcanjos.

Yetzirah: Este nível de formação se encontra mais próximo da matéria, entre o plano mentam e o plano astral. Compreende as esferas de Hod, Netzach e Yesod, mente concreta, emoções e personalidade, aspectos do desenvolvimento, em maior ou menor grau, por e para todos os seres humanos. Se associa ao planos dos anjos.

Assiah: O nível da ação, este é o mais denso, e corresponde a matéria tal como a conhecemos, sendo o homem em seu corpo físico e seu duplo etérico. Representa o plano físico, a terra, e sua sephirot é Malkuth.

Pode observar que as cores primárias da Triado do Despertar (rocho, azul e amarelo) se combinam para formas as secundárias da Tríade do Templo da Alma (verde, laranja e violeta). A esfera de Malkuth representa o último nível de manifestação: A terra, e sua divisão em 4 cores, que nos fala sobre os quatro elementos que constituem o mundo material. Terra, Água, Fogo e Ar.

Se levarmos em conta que no homem existe quatro planos: físico, emocional (astral), mental e espiritual, os níveis de manifestação compreendem com estes planos da seguinte maneira:

Asshiah - Plano Físico (natureza) e astral.
Yetzirah - Plano Astral e mental.
Briah - Plano mental e espiritual.
Atziluth - Plano espiritual e divindade (Adam Kadmon).

Como vimos antes na Escada de Jacó, cada nível de manifestação tem suas própria árvore. De cima para baixo estaria representado as árvore de Atziluth, Briah, Yetzirah e Assiah. 

Quando o homem completa toda a árvore de Assiah e chega a sua Kether, que é a esfera de Tipharet de Yetzirah, tem o domínio sobre todos os animais, plantas e outros elementos da terra. Porém se não prossegue sua evolução continuará confinado a este mundo de Assiah, de onde nascerá e morrerá nesta existência cíclica. A alma natural ou Nefesh se recicla em um processo que se conhece pelo nome de Gilgulim ou Rodas da Transmigração. Somente ao realizar todas as potencialidades de Nefesh surge a possibilidade de ascender ao seguinte nível, para isto e requer uma alma mais evoluída: a alma emocional-mental representada por Ruaj. Literalmente o homem vai afinando o seu veículo, isto é, aprimorando-o, para que possas ser possível a ascensão. E o mais importante sinal não é outro se não o desejo de fazer-lo, este impulso que descreve magistralmente Ken Wilber em seu "Projeto Atman". Enquanto não surge esse desejo de transcendência o homem continuará confinada a esta parcela ínfima de "realidade do mundo material" (realidade, vem do latim "res", coisa, objeto), e ao processo cíclico de morte e renascimento chamado Gilgulim, ou como é chamado no Budismo, Samsara.

O que é a Cabala?


A Cabala ou Qabbalah significa literalmente "recepção" e é conhecida como um sistema filosófico esotérico, de origem judaica, que compreende uma teosofia completa e uma série de ferramentas para a evolução harmônica do homem. 

Na diáspora, onde de encontra os assentamentos da cultura Judaica e em Languedoc - França, no século XII o Isaac el Ciego escreve alegadamente uma obra cabalística: "El Bahir". Da frança a Cabala passa a Espanha, onde se destacam figuras como Azriel de Gerona o ibn Gabirol. Em Sefarad, Espanha, é onde a Cabala alcança o seu esplendor, com uma obra do mesmo nome: "El Zohar" (O Livro do Esplendor), atribuído a Moisés de León. Contudo, sua verdadeira origem se remonta a tempos bíblicos, posto que a Cabala, como todo o saber esotérico, se transmita oralmente somente aos iniciados. 

O termo "recepção" indica que é um saber revelado diretamente por D'us, se diz que se deu por Abraão e Moisés. A partir daí vem outro termo que se conhece: Sabedoria Secreta (jokmáh nistaráh). Alguns cabalistas afirmam que a cabala é inerente ao homem desde Adão, um conhecimento interno que pode desvelar-se, isto é, acordar, por isso se diz que "A cabala não se estuda, se recorda". Como se fosse algo já inerente a nós, um conhecimento, noutros termos, arquetípico, instituído em nossa 'memória coletiva'. 

Utilizando as ferramentas da Cabala (Notarikón e Temurá), analisaremos seu significado: קּבּלּהּ 

Começa pela letra: קּ
Quof, que significa tanto "chave" como parte posterior da cabeça "boca de deus", lugar este que é dito que o por onde se recebe a iluminação.

לּבּ
Leb
Coração

הּבּלּ
Hevel
Respiração

לּהּבּ
Lahab
Chama

לּבּהּ
Labah
Entusiasmar

Uma possível composição com estas palavras seria: "A respiração prende a chama do coração com entusiamo". 

A Cabala se constitui por:

  •  Um corpo de conhecimentos teosófico e filosófico, que incluem uma interpretação hermética do Toráh, e outras obras propriamente cabalisticas como o Zohar e o Sefer Yetzirath. Para os cabalistas, a linguagem é criadora e o Toráh contem todas as chaves necessárias para a compreensão do cosmos e do homem. 

  •  Algumas ferramentas para a hermenêutica do significado oculto do Toráh. A linguagem hebraica, é considerada como 'pura' (a palavra e a coisa designada são os mesmos). É a linguagem sagrada do Ocidente, assim como o Sânscrito é para os Orientais. Estas ferramentas são: Guematria, Temurá e Notharikón. O uso de tais ferramentas se conhece como Cabala prática.
  • Um diagrama que descreve tanto o macrocosmos como o microcosmos: A Árvore Sefirótica ou Árvore da Vida, constituída por 10 esferas (Sefirot) e 22 caminhos que unem estas esferas, a cada uma das quais se corresponde com as 22 letras do alfabeto hebraico. D'us se serviu de letras para criar o universo através das suas emanações ou sefirot: ". Dez são os números, que são as Sephiroth, e as vinte e duas letras, elas são a fundação de todas as coisas". (Sefer Yetzirah)



O IDIOMA HEBRAICO


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1.1

Em Hebreu, o nome do objeto e o próprio objeto designado são uma coisa só, de fato, se utiliza uma mesma palavra: דּבֿרּ (dabar). É o "assunto" (podemos compreender este, como essência, noutras filosofias), com sua palavra criadora, quem dá lugar para objetos, tanto internos como externos. Tendo-se levado em conta que "coisa" ou "objeto" é aquilo que podemos dizer algo sobre, e aquilo que nós podemos nomear, o "assunto" (essência), chama-se Consciência ou D'us, não pode ser definido nem limitado, pois então seria simplesmente um objeto. Foi um pouco difícil para mim entender isso no inicio, mas se parar para pensar, re-ler, pesquisar, é fácil de ser compreendido, difícil é ter que explicar (risos). Só nós podemos "apontar" para isso, pois nenhuma palavra pode designá-la. Aqui vemos a correspondência com outros ensinamentos, como o Taoismo: "O Tao que pode nomear-se não é o verdadeiro Tao..." Em nosso contexto é um pouco difícil compreender isso, pois estamos acostumados a "ter que entender" as coisas logo de cara, nomear-las, dar significados (que normalmente estão revestidos de uma capa moral) e por isso nos afastamos cada vez mais da "coisa" e nos iludirmos com nossos "significados morais". 

O idioma Hebreu é de origem Semítica e és um dos mais antigos idiomas que se conhece. Se constitui por um alfabeto - é Alef beit - de 22 letras consoantes. Para dizer a pronunciação correta de uma palavra se faz necessário um conhecimento oculto e de grande poder. 

יהוה - De fato o "Shem" ou nome (YHVH), conhecido também como TATRAGRAMA, não pode ser pronunciado pois o modo correto de como fazer-lo é desconhecido. Os judeus utilizam o termino Adonais para referir-se a Deus.
Para poder pronunciar as palavras deuso como se inverteram os chamados "sinais massoréticos" ou então foram utilizadas determinadas letras (he, yod, vau) como vogais. 

O texto é escrito da direita para a esquerda, e cada palavra deve compor-se de almenos duas letras. Outra qualidade única do hebreu é que cada um das 22 letras tem um valor numérico especifico, por meio do qual pode ser calculado o valor numérico de qualquer palavra. Esta peculiaridade permite uma das técnicas hermenêuticas da Cabala: a Guematria. 

Por outro lado, cada uma das vinte e duas letras tem um significado próprio, o qual permite o desenrrolar de outra técnica, chamada Notarikón.



O alfabeto hebreu se conhece também como o "Alfabeto do fogo", por conta dos belos traços das letras e, talvez, por que a letra שּׂ corresponde ao 22º caminho da árvore da vida por onde entra o "Raio relampejante". Seu significado é precisamente "fogo e espirito" e sua forma recorda a uma chama tripla. 

As 22 letras se complementam 5 letras finais, que são uma variações de símbolos que correspondem a 5 determinadas letras quando se escrevem ao final de cada palavra.

Existem 3 letras mães, chamadas de 3 origens: 

אּ
ALEF
Elemento ar
מּ
MEM
Elemento água
שּׂ
SHIM
Elemento fogo


A letra Alef é a primeira do Alfabeto, a Shim é a última, e a Mem é a central, se levarmos em conta o alfabeto com 27 letras. 


A Árvore da Vida

A Árvore da vida, diagrama principal da Cabala, aparece mais como uma representação de toda a criação como descrito no Sefer Yetziráh (Livro da formação): "Dez são os números, que são as Sephiroth, e as vinte e duas letras, elas são a fundação de todas as coisas." Em Gênesis se indica que no Jardim do Éden existem duas árvores: A Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Sabemos que o fruto do primeiro é a vida eterna, enquanto que a da segunda é a morte. A interpretação ortodoxa deste conhecimento mito nós já conhecemos. Porém podemos examinar-lo com outra visão: "Discriminar entre o mal e o bem é a origem de todo o pecado" (Ramana Maharsi)

Na árvore da vida há três esferas iniciais, uma tríade, que é conhecida como "Tríade das Raízes" ou "Grande rosto", por referir-se a divindade, e o resto da árvore chamado de "pequeno rosto". A primeira das esferas da tríade é formada pela esfera do conhecimento, que é uma esfera oculta, e as esferas 4 e 5: Misericórdia (Jesed) e Severidade (Guevuráh), também conhecida como Bem e Mal. A esfera do conhecimento: Daat, é realmente ma esfera oculta, a decima primeira esfera, chamada as vezes de "nenhuma esfera". O conhecimento do bem e do mal é o começo da dualidade e o fim da unidade, a expulsão do paraíso em definitivo, posto que não é possível nenhum oposto sem seu contrário. 

A árvore da vida pode ser vista como um caminho que a alma percorre para retornar de novo a sua origem. Este caminho de 32 elementos é o "Caminho do coração", posto que o coração: לּבּ leb, soma exatamente 32, que é também o número de vezes que se menciona a D'us em gênesis. E como vemos visto, as letras Lamed e Beth formam também a palavra kabballah. Em síntese, pode-se comparar com a Cabala uma escada que permite remontar os sucessivos níveis de manifestação para alcançar a causa suprema.


A Escada de Jacó

Eu disse: Mostra-me a escada que eu possa subir aos céus.
Ele disse: Tua cabeça é a escada, põe tua cabeça abaixo dos pés.
(Rumi)


A árvore da vida é também a Escada de Jacó, acredita-se, que conecta o céu com a terra. Cada nível de manifestação tem sua própria árvore, que se encadeia com a seguinte. A árvore de cada mundo cresce a partir da estrutura anterior, de tal maneira que o fluxo que conecta tudo o que existe, está presente em tudo que é manifestado. Tal é como se diz: "a cabeça no céu e os pés no chão", é requerido um certo trabalho para que a alma esteja conecta com todos os níveis. 

Existe 4 níveis de manifestação: o físico ou material, emocional, mental e espiritual. As distintas árvores que se correspondem a estes níveis se unem a partir de duas sefirot: kether e tiferet, de modo que o kether do nível físico é o tiferet do nível emocional, e o kether deste nível e o tiferetdo nível mental, e o kether deste nível é o tiferet do espiritual. Tiferet é sempre o centro da Árvore, enquanto kether é sua coroa. A estreita relação entre as duas esferas pode ilustrar-se com a frase de Jesus: "O Pai e eu somos um". 

Por outra parte, os "Anjos subindo e descendo por esta escada" representa o movimento continuo em ambas as direções, que podemos dizer ou chamar de involução, descendo as escadas, e evolução subindo elas. 

É interessante resenhar que a árvore sefirótica está "invertida", pois suas raízes se encontram no "céu", e suas ramas na terra. A última esfera ou sephirah é Malkuth, que representa o "fruto" da árvore, enquanto a primeira das esferas é kether, que seria a "fonte" que, funciona como uma 'bomba' que enche seu 'recipiente' (esfera) e uma vez enchida, se derrama para um terceiro recipiente, e por assim adiante. Este derramar-se constante da fonte nos recorda que a criação se sucede a cada instante.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Oniwa funfun - Provérbios Yoruba e do conceito de verdade e outros (II)


4. IGI FII-NLA NLA LU agosto
É preciso uma grande vara de jogar um grande sino.

Comentário: Ao longo dos sinos usados cerimônias Orisa com tambores e chocalhos como invocação instrumentos. O som do sino é considerado uma forma eficaz de atrair a atenção dos que habitam Orisa na água e no ar. A imagem de usar uma vara grande para tocar um sino é uma referência à necessidade de dedicar a devida atenção para uma determinada tarefa.

Se você precisa de um grande sino para atrair a atenção de um Orisa distante não faria sentido tocar a campainha com uma vara pequena que produz um som fraco. Da mesma forma, não faz sentido ter um problema e deixar o problema permanecerá sem solução devido à inexistência de pedido de assistência adequada. Dizer que é preciso um grande pau para jogar um grande sino é sugerir que não há problema em falar alto e claro sobre assuntos de real importância.

A nível comunitário, a cultura Yoruba não incentiva a idéia de "sofrer em silêncio". Há uma forte tendência entre os membros de uma família para cuidar Yorùbá cada uma das necessidades dos outros, especialmente em tempos de crise. O provérbio está reforçando a idéia de que não há necessidade de sofrer um problema até o fim, simplesmente porque ninguém sabe sobre isso.

Quando visitei a Nigéria, pela primeira vez, fiquei impressionado com a maneira muito formal e elaborada na qual os membros da comunidade se tratavam. Toda manhã, quando saí da casa onde eu estava hospedado, foi recebido com o seguinte discurso: ". Bom dia Como você se sente Você dormiu bem pequeno-almoço bem Será que sua família está bem de saúde??". No começo eu achava que isso era apenas uma conversa educada. Levei algum tempo para perceber que essas perguntas foram feitas ritualizada preocupação e intenção. Se qualquer uma dessas perguntas foi respondida negativamente, os esforços seriam feitos para encontrar uma solução. As saudações são usados como um método eficaz de estabelecer uma rede de comunicação dentro da cidade. O sistema funcionou porque esperava-se que as perguntas foram respondidas de forma aberta e honestamente, como uma forma de expressar a real necessidade que possa surgir.

Um dia, quando eu estava andando pela Ode Remo, tive uma dor de estômago e começou a tossir. No momento em que cheguei ao lugar onde eu estava hospedado, alguém da vizinhança haviam deixado uma caixa de bicarbonato de sódio na casa. A mensagem no meu estado tinha, literalmente, chegar em casa antes de mim.

Existe também aqui uma indicação da importância da força da palavra. Como um aspecto da utilização eficaz de rituais, Ifa Orisa ensina que respondem à força da palavra. Tenho notado que o uso da oração na Orisa Ocidental cerimônias às vezes é tímido e não tem intenção clara. Às vezes eu ouvi devotos ocidentais recitar as orações tradicionais Orisa sem uma compreensão do seu conteúdo. Na África, as orações são Orisa disse em voz alta muitas vezes expressa fortemente, com a intenção clara e voz claramente projetada. Isso significa que tanto a mente e as emoções estão orientados para a demonstração do efeito da oração.

Uma vez que ORISA testemunhou uma cerimónia que teve lugar no interior de uma tenda. O dia foi extremamente windy eo vento estava balançando a tela, o que torna muito difícil ouvir o que estava sendo dito. O babalaô que conduziu o ritual tirou a cabeça e começou a gritar para o céu. Acabado, o vento parou e não começar de novo depois que foram feitas. Eu perguntei o que ele tinha feito babalaô para fazer o vento parou de soprar. Ele disse que se alguém fala com a intenção adequada, o Orisa responder. Eu estava usando uma vara grande para tocar um grande sino.


5. ATLANTIC atuns e W'ÒSÌ W'Ò L'Owo FI M'MÓ Saka.
A mão direita não pode lavar sem o auxílio da mão esquerda.

Comentário: Esta é uma expressão popular vem diretamente do iorubá escrita Ifá. É uma clara referência ao apoio espiritual em todos os aspectos de crescimento e transformação espiritual. Uma variação deste tema é a expressão, "Uma única árvore não pode fazer uma floresta."

A adoração Orisa está enraizada na idéia de que cada pessoa tem um destino pré-determinado e que, no processo de viver em harmonia com a Orisa, o conteúdo deste destino é revelado. De acordo com Ifá, o processo de descoberta de destino individual está ligada ao processo de descobrir a comunidade de destino, o qual está ligado ao processo de descobrir o destino nacional, o que é um aspecto da determinação do destino global. Esta é uma verdade tão óbvia entre os maiores de Ifá com quem falei, que na mente deles exigido muito pouca explicação.

No dia em que a minha iniciação em Ifa foi concluída, houve uma grande festa na comunidade. Houve um fluxo de visitantes que vieram para expressar sua alegria e gratidão para os meus esforços para encontrar meu próprio destino. Eu estava profundamente comovido com a sinceridade de seus parabéns, e foi muito claro que eles pensaram que os meus esforços tiveram um impacto direto sobre a qualidade de suas próprias vidas.

Em algumas comunidades ocidentais Orisa, tenho notado um sentimento coletivo de inveja direcionada para aqueles que experimentam qualquer tipo de sucesso em suas vidas. A inveja como a emoção vai contra o conceito de Ifá para desenvolver um bom caráter. Para dizer que da comunidade.

Compreender totalmente este provérbio requer uma apreciação da crença de Ifá que a melhoria da qualidade de vida à custa dos outros não é qualquer melhora.


6. VOCÊ GANHOU POR Awon OTA KO FA Yio SÒHÙN VOCÊ IBÈRÙ OTA.
Aqueles que vencer o inimigo dentro não tem nada a temer do inimigo sem.

Comentário: Aqueles que adoram os Orisa estão empenhados em encontrar uma maior consciência de si e do mundo. Ifá ensina que esse caminho está enraizado no processo de superação do medo. Aqueles que vivem no medo perpetuar esse medo, em vez de descobrir o destino. Ifa, como a maioria das tradições espirituais ensinam que o medo é superado pela coragem. Não há maneira fácil de acessar a coragem ea cada confronto com o medo implica em ação, apesar do medo.

Ifa reconhece que uma das maneiras mais fáceis de evitar o medo é sufocante. Por exemplo, se alguém está com medo do fracasso, enquanto procura um emprego, argumentando que o medo pode negar que não há empregos disponíveis. Os psicólogos chamam esse mecanismo de "deslocamento". Um elemento-chave em viver em harmonia com a Orisa é a capacidade de identificar, apoiar e transformar esses medos internos que impedem a ação. Este provérbio é muito claro em afirmar que uma vez que os medos internos são superadas. Esses medos que ocorrem no mundo exterior tornam-se insignificantes.

Um dos rituais usados para desafiar o medo é a invocação do Santo Guerreiro Ogum. A invocação é seguido por um pedido de obstáculos apuramento Ogun que estão no caminho para o fortalecimento do destino pessoal. Quanto mais velho eu sabia que Ògún reverenciado na África, eram muito claro que muitas pessoas que tomam este pedido para Ògún ficam surpresos ao descobrir que os obstáculos que elas enfrentam são internos e não externos. Em termos literais obstrução é imaginária e não real. De acordo com os escritos de Ifá, os obstáculos criados demônios imaginárias chamadas autoinvocados elénìní. Os demônios imaginários são difíceis de desfazer, porque eles permanecem ainda desconhecidos, sempre mudando de forma pouco antes da verdadeira transformação pode ocorrer.

Eu acho que para um monte de pessoas que disseram que queriam ser bem sucedidos em suas carreiras, mas nunca parecia fazer progressos sérios. Muitas vezes tinha desculpas incontáveis para a sua situação, geralmente focada em exemplos reais de tratamento injusto. Quando a adivinhação indica que o problema principal é o medo do sucesso, a mensagem pode ser muito difícil de aceitar. Na minha experiência, os que aceitam e os que não progridem, não.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Introdução aos Mudras


A palavra Mudra significa "gesto". Os mudras, assim então, são gestos corporais que são utilizados especialmente em Hatha Yoga, mas não só, são utilizados também em outras escolas  que utilizam a meditação como método. 

Estes gestos são muito importante por que nos permite canalizar adequamente a energia através de nosso corpo assim como facilitar a consecução de numerosos objetivos como a elevação espiritual, a sanação física e a sanação emocional. 

Sua origem não é muito clara, embora seja conhecido no mundo ocidental graças aos orientais que nos trás logo em pensamento, como consequência, uma introdução a respeito de suas doutrinas e ideologias. Se alguém, por exemplo, repete com frequência e com convencimento (fé) os gestos próprios para a intrepidez, coragem, etc,  presente a meio de uma representação das divindades indianas, com o tempo será livre de seu medo. Portanto, os mudras estimulam determinados âmbitos de nosso cérebro e de nossa alma e exercem sobre eles uma certa influência e que eles correspondem.

Há vários mudras, muito complexos que implica todo o corpo, porém também há  mudras muito simples e igualmente poderosos que somente requerem a nossas mãos e meditação para alcançar nossos objetivos. Para praticar estes mudras não é necessário grande habilidade, mas bastante prática, especialmente com aqueles que são demasiados complicados. Os dedos que vão se unindo entre si de maneiras muito diversas  e com pressões muito diversas aonde as vezes é necessário um leve toque e outras que necessitam de uma grande pressão.

No Hatta-Yoga se conhecem 25 mudras, entre os quais se contam também as posições (asanas) e claves (bandhas) do olhos e do corpo. É no Yoga Kundalini aonde se praticam e discutem sobre todos os mudras das mãos e ao mesmo tempo posturas corporais para reforçar o seu efeito. E o Yoga Kundalini afirma, neste contexto, que cada zona da mão se atribui a uma zona reflexa da parte do corpo e do cérebro. Neste sentido, as mão podem contemplar-se como um espelho de nosso corpo e de nossa mente.

Devido as diferentes qualidade de cada um deles, é recomendável utilizar-los durante um tempo determinado que pode ser de 3 a 45 minutos, geralmente é conveniente realizar uma vez ao dia no minimo. É importante ter em mente o caso de utilizar para a sanação física, e que este também não faz milagres. 

terça-feira, 25 de março de 2014

Oniwa funfun - Provérbios Yoruba e do conceito de verdade e outros (I)


 
"Owe" é a palavra iorubá que significa "provérbio". Na disciplina teológica, um provérbio é definido como um ditado curto que expressa uma religiosa ou cultural. Todas as culturas fazem uso de provérbios para transmitir valores sociais. Como uma introdução para a compreensão do Orisa (Espíritos que as Forças guia na natureza), provérbios iorubá fornecem uma base para Ifa captar a visão da relação entre o eu eo mundo.

Muitos dos provérbios que são de uso comum na cultura iorubá são baseadas nas Escrituras de Ifá. Esta escritura é um poema extenso oral, composto de 256 seções, ou livros, chamados de "Odu". Cada Odu tem uma série de versos chamado "presente". Em Osa'Tùrá chamado Odu, os alunos profeta Orunmilá pedir-me para dizer-lhes a natureza da verdade. A palavra ioruba para "Verdade" é "Oniwa funfun", que significa "aquele que tem um bom caráter é guiado pela luz."

Em Osá'Tùrá Odu, Orunmila diz que a verdade é a cabeça do reino invisível que guia o destino da Terra. Ele continua que a Verdade é uma palavra que não pode ir mal, é a fonte do poder que conquista tudo adversidade. Aqueles que conhecem a verdade pode descobrir a vontade de Criação. Isto implica que a verdade é uma forma de saber, em vez de um conjunto rígido de crenças. Isso também implica que a Luz como uma força da natureza (Orisa), carrega a sua própria forma de consciência que pode ter um impacto direto sobre o curso da evolução. Estas são duas questões centrais nas Escrituras de Ifá, e são fundamentais para a compreensão da natureza e função do Orisa a partir da perspectiva da teologia de Ifá.

Dentro da estrutura do ritual de Ifá, do Odu Osa'Tùrá usado para chamar Esu, que é tanto o Mensageiro Divino eo Guardião da Verdade. Este duplo papel tem causado alguma confusão entre aqueles que têm escrito sobre a posição de ESU em Ifa cosmologia. A confusão parece estar baseada em um mal-entendido sobre o papel da ESU em causar transtornos. Uma das funções dos assuntos cotidianos desordem natural é sacudir a consciência para liberar sua auto-indulgência e pensamento rígido. Porque a Terra é constantemente no processo, todas as percepções da relação entre o eu eo mundo estão em constante estado de fluxo. Aqueles que negar ou ignorar a natureza dinâmica desta relação são regularmente jogado em um estado de confusão, como resultado de uma mudança inesperada dos acontecimentos. Em termos simples, a percepção humana de verdade é um tamanho constante mudança e as funções da ESU é para nos lembrar que a busca humana da verdade nunca deve estagnar.

Dizer que Esu é o guardião da verdade é sugerir que a verdade nunca pode se tornar um conjunto fixo de regras ou dogmas. No entanto, a verdade é uma forma de olhar para si mesmo e do mundo, é um estado de ser, em vez de um ato de conhecimento. Este é um conceito difícil de entender para alguns ocidentais, porque fomos condicionados pela ideia de que a verdade seja estabelecida por fatos objetivos. A idéia de que a verdade só pode ser descoberto se periodicamente abalada por nossas noções preconcebidas é perturbador para aqueles que querem que a religião tem todas as respostas certas sobre qualquer coisa.

Quando missionários cristãos primeiro traduziram a Bíblia para Yoruba Esu usou a palavra para representar o "Diabo". Sem dúvida, essa foi uma tentativa deliberada para diminuir a crença tradicional de Ifá religiosa. O efeito dessa calúnia ainda é evidente em os EUA, onde ESU é freqüentemente associada com a idéia de causar danos através do uso de magia e feitiçaria. Um olhar mais atento dos provérbios iorubá, seu folclore e história sagrada sugere que o dano causado por ESU é o resultado da recusa de uma pessoa a viver em harmonia com a verdade que se reflecte as Leis da Natureza.

Os provérbios neste capítulo são uma pequena amostra tirada de uma cultura que é rica em utilização poética da linguagem. Muitos desses exemplos usar analogias interdimensionais e imagens da natureza que não são comumente utilizados na linguagem cotidiana. Isso leva a uma situação em que o significado original do provérbio não pode ser claro sem alguma referência às crenças espirituais e sociais de Ifá. Como em todos os provérbios, não há uma interpretação única e definitiva de seu significado. Os provérbios que apontam para a verdade estão continuamente abertos a reinterpretação. É sua capacidade de agitar soltas noções preconcebidas, até que foram dando-lhes a força de uma revelação.


Owe NI Orissa - Provérbios e princípios espirituais

1. Die Die NJÓÓRÍ EKU.
Pouco a pouco nós comemos a cabeça do rato.

Comentário: Em muitas versões do Ifa escrituras a expressão "pouco a pouco comer cabeça de rato" é a primeira linha da primeira estrofe. Comer cabeça rato é um dos mistérios da iniciação em Orissa e é parte integrante do drama que ocorre durante o ritual simbólico de transição.

Para mim, existem duas interpretações deste provérbio, e ambos vão para o coração da sabedoria de Ifá como eu o entendo. O uso mais comum deste frase é em resposta a uma série de perguntas. Quando eu comecei a estudar Ifá meu maior eu diria: "O que você está disposto a fazer para experimentar a transformação espiritual?" A resposta correta é: "Eu estou disposto a comer a cabeça do rato." Isto seria seguido pela pergunta: "Como comer a cabeça do rato?" A resposta esperada é "pouco a pouco comer a cabeça do rato."

A partir de uma perspectiva ocidental, esse diálogo tem uma reação conotação bem diferente causando na cultura iorubá. Para aqueles de nós que tenham sido criados em um ambiente urbano, a idéia de comer um rato é muito nojento. No entanto, na selva de Nigéria é uma grande variedade de roedores, variando em tamanho de alguns centímetros de comprimento para a forma eo aspecto de um porquinho. Esses roedores são incluídos na dieta normal Yorùbá considerada uma adição desejável para qualquer refeição.

Eu vou admitir que eu era cético a primeira vez que serviu roedor sopa, mas uma vez eu juntei coragem de dar a primeira mordida, tive dificuldades com o sabor. A experiência de realmente comer o rato transformou a minha compreensão do provérbio. No início, eu assumi que a expressão "comer cabeça de rato" significava que o novato iniciar estava pronto para fazer qualquer coisa, não importa o quão desagradável era alcançar a transformação espiritual. Na minha experiência, esta é uma interpretação comum desta expressão quando usada no culto de Orisa no Ocidente.

Porque na África não há nada de ofensivo em roedores comer, fui forçado a reconsiderar a minha interpretação do provérbio. Em termos práticos, a cabeça do rato é muito difícil para comer, por causa de ossos frágeis que cortam a boca se você não retire cuidadosamente a carne. Foi com base nesta observação cheguei a suspeitar que "pouco a pouco comer na cabeça do rato" tinha uma interpretação muito mais literal.

Ifa baseia-se na crença de que a transformação espiritual ocorre lentamente, um passo de cada vez, numa sequência regulada conduzindo a um resultado desejado. Se um vai comer na cabeça do rato, deve-se, muito lentamente e com muito cuidado, retire a carne para um pouco de cada vez. Muitas vezes, perdeu este Orisa verdade que apelam a vã esperança de que o Orisa vai resolver todos os problemas através de um processo mágico, que não requer nenhum esforço de sua parte.

Em Osá'Tùrá Odu, quando o profeta Orunmila define a natureza da Verdade, diz que aqueles que dizem a verdade será guiado pelo Orisa. Honestidade na cultura iorubá também significa agir Verdade. A guia para o Orisa nunca é algo que é feito para uma pessoa, é sempre um processo que envolve apertam as mãos com essas forças que nos vêm do reino espiritual. Conhecimento sem ação é uma verdade oco.

2. Owo Ati SABER que Pataki Fun ARA.
As mãos pertencem ao corpo e os pés pertencem ao corpo.

Comentário: Grande parte do trabalho espiritual, que tem lugar no culto Orisa envolve a limpeza do corpo e do espírito, de modo que todas as partes do alto estão trabalhando em harmonia. Dizer que as mãos pertencem ao corpo e os pés pertencem ao corpo significa que ambos devem trabalhar em conjunto para dar apoio ao corpo. As mãos são usadas para ajudar o corpo no atendimento das necessidades pessoais, enquanto os pés nos levar para o mundo. O provérbio é uma clara referência à necessidade de equilibrar as necessidades do eu com as necessidades da comunidade e, além disso, o ambiente em que vivemos.
Variações sobre este provérbio fala das mãos e dos pés se movendo em direções diferentes. Por exemplo, se as mãos são levantadas em um gesto de auto-defesa quando os pés estão em execução em retirada, as mãos e os pés estão em conflito um com o outro. Uma contradição que tal implica que a mente quer enfrentar enquanto o coração não tem coragem para enfrentar o desafio. Neste exemplo, o auto sabe claramente que ação você quer tomar, mas o eu em relação ao mundo é bloqueado pelo medo.

A maioria das formas de artes marciais colocar alguma ênfase na redução das emoções conflitantes que ocorrem em uma situação de auto-defesa. Quando o eu emocional é dominado pelo medo ou raiva, é muito difícil para o consciente o movimento do corpo auto-controle. Uma pessoa que está em uma situação assustadora tendem a distorcer a realidade objetiva. Por exemplo, ver um valentão pode causar pânico, mas não é uma ameaça real do valentão até que o agressor está em braços atingir o objectivo pretendido. Esta parece ser uma observação muito simples e direta. Mas se o pânico é definido antes que a ameaça se torne real, o poder de avaliar que a informação está bloqueada. O tempo de reacção necessário para evitar de ser batido por um punho em movimento confortavelmente dentro do intervalo de coordenação normal. É a reação emocional ao medo de que mais vezes atrapalha a capacidade de executar a reação apropriada.

A mesma analogia é verdade em matéria de transformação espiritual. Na minha uso de adivinhação, os problemas mais comuns que trazem para as Orisa são o resultado de um conflito entre o medo ea intenção. O desejo de mudança é clara, mas a vontade de se mover na direção da mudança é clara. Andando requer movimento dos pés, mas este movimento é reforçada braços balançando ao ritmo em cada passo do caminho. É muito mais difícil andar quando você está segurando o peito que é para usar os braços como impulso. Também é muito mais difícil para interagir com a família e amigos quando a nossa imagem de nós mesmos é atormentado pela insegurança, dúvida e frustração.

3. IMO IMO nem M'BE LÁBÉ'LÉ LO MOKÚN ILE.
A água mergulha os pés no chão.

Comentário: Todos Orisa contida nas Escrituras de Ifá são a personificação das forças espirituais que existem na natureza. As quatro forças fundamentais da natureza em Ifa cosmologia são Terra, Ar, Fogo e Água. De acordo com Ifa, cada uma dessas forças tem um impacto direto sobre o processo de transformação espiritual. Esta idéia é baseada na crença de que tudo o que existe na natureza está interligada e inter-relacionados.

Ifa cosmologia não é linear, é cíclico e espiral como uma concha de caracol. Isto significa que as forças que moldam a reaparecer evolução ao longo do tempo e do espaço e existem em múltiplas dimensões da realidade. Em outras palavras, as forças de terra, ar, fogo e água têm dimensões semelhantes em todos os domínios de ser posto simplesmente, o poder Orisa são qualidades que representam padrões originários manifestação.

Em um nível pessoal, a Terra representa o corpo físico, o ar representa o intelecto, o fogo representa o espírito individual e água representa emoções. Em nível global, estes elementos são claramente Forças em Nature Materials. Em um universo subatômico, esses elementos representam a qualidade da interação entre as partículas. Todos os elementos-chave interagir e criar novos níveis de complexidade. O Fogo da Criação esfria para formar estrelas, o fogo das estrelas é resfriado para formar os planetas, o fogo no centro da Terra esfria para formar a terra, e os usos do solo no Fogo rejuvenescimento e processo de transformação.

Dizendo mergulhos água abaixo que o continente é a de expressar a verdade óbvia de que, enquanto a água flui de um lado para outro terreno, retorna para a Terra. Na Nigéria, a camada de água subterrânea está muito perto da superfície e não é uma cadeia complexa de estrias de água subterrâneos que são invisíveis ao nível do solo. Superficialmente, este provérbio é uma simples observação sobre a termodinâmica de umidade.

A água representa a emoção na maioria dos nativos americanos e ensinamentos a imagem da água é muitas vezes usado para representar Taoísmo Tao. Em Ifa, a água é um símbolo tanto da emoção e do poder da intuição que geram sentimentos fortes. O significado espiritual do provérbio está relacionado com a influência oculta de emoções no corpo físico. Em iorubá, a palavra "emoção" é "Egbe". De acordo com Ifa, o Egbe, ou o núcleo emocional de cada corpo humano tem uma enorme influência sobre a saúde geral física e mental do indivíduo. Assim como a água mergulha debaixo da terra para formar correntes subterrâneas, as emoções são absorvidos pelo corpo, afetando a auto de maneira invisível, ou não estão completamente apreendido.

Um elemento-chave em todas as formas de transformação espiritual é a iluminação de influências ocultas que afetam o comportamento. Ifa refere-se a essas influências como "l'omi enia" significado "A humanidade é a água." Uma das primeiras etapas da iniciação Orisa é a realização de um funeral para o espírito interior do iniciado. O objetivo do funeral é limpo de todas as influências negativas das correntes emocionais invisíveis e inconscientes que o fluxo através do corpo. Ao invocar a morte do iniciado, o novato é retornado ao estado de inocência que vem com um novo bebê para o mundo. Com as ferramentas e habilidades previstas pelo início Orisa, o renascimento do iniciado inclui a capacidade de ver, entender, compreender e orientar essas correntes emocionais que afundam abaixo da pele.

Texto retirado da página do Facebook: www.facebook.com/pages/Cultura-e-Filosofia-Africana

quarta-feira, 12 de março de 2014

Olódùmarè



O princípio unificador do pensamento iorubá é Olodumaré, o Deus Supremo, o Rei da Criação. Com o apoio de Deus, todas as coisas são possíveis. Habilidades, talentos, habilidades e conexões são insignificantes até que um se alinha com a vontade de Olódùmarè. Para entender com precisão o conceito iorubá de Olódùmarè, é útil considerar oríkì (elogiar nomes) da Divindade:

·        Olódùmarè: A tradução mística deste nome nos diz que é o Deus  "dono da fonte de criação, que é o filho da serpente arco-íris". Na cosmogonia (filosofia de criação) em iorubá, o universo é percebido e considerado como uma cabaça dividido em duas partes, unidas por um arco-íris que é expresso visualmente pelo ouroboros que é um enigma visual muito antigo descrito como uma serpente que, ou está mordendo a própria cauda ou nascer de sua própria boca.
·        Olorum: O dono do céu acima, ou o Senhor, cuja casa está nos céus acima.
·        Eledaa: O Criador.
·        Alaaye: O que doa vida, o dono da vida.
·        Elemi: Dono do sopor que dá a vida.
·        Olojo Oni: O dono do hoje e do amanhã.



Como o Rei, Olódùmarè é o Motor Imóvel. Como o sol que fica no centro de um vasto e dinâmico universo, Olódùmarè é à força do panteão iorubá que doa vida. Olódùmarè criou, com seus poderes e despachou vários agentes da Criação. Primário entre aqueles são o oba (rei), o Òrìsà (divindades), o Egungun (ancestrais) e Orí (memória ancestral/destino pessoal), cada qual tem o seu domínio particular. Para esclarecer ainda mais, o oba é o representante direto de Deus na terra. Os Òrìsà representam os poderes sagrados de governo do estado. Seu sacerdócio é, portanto, político e espiritual ao mesmo tempo. Enquanto isso, os Egúngún representar o governo da família local. Finalmente, Orí representa cidadania sagrads e do governo pessoal. É através do Orí que cada indivíduo está diretamente ligado à Olódùmarè. Ao manter a boa posição com o Òrìsà, o Egúngún e ori, mantemos bom relacionamento com Olódùmarè.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A Reencarnação e os Planos Sutis

Temos aqui um trecho que poderia ser interessante para discutirmos. Ele é referente à Reencarnação e sua ligação com os planos sutis, e foi retirado do Livro dos Farrar – A Bíblia das Bruxas (p. 161 – XII - Reencarnación – da versão em espanhol – Tradução – Baco Liber).

(...)A teoria da reencarnação sustenta, brevemente, que cada alma ou essência humana individual é reencarnada novamente e novamente, numa série de encarnações corpóreas nesta terra, aprendendo suas lições e enfrentando as conseqüências de suas ações, até que esteja suficientemente avançada para progredir ao próximo estágio (qualquer que este possa ser). A formulação real da teoria está intimamente ligada com a Teoria dos Níveis, uma vez que ela envolve a estratificação da entidade humana em seus planos componentes, que correspondem àqueles do Cosmos como um todo.
Estes planos são interpretados de vários modos, conforme a escola de pensamento oculto que é seguida. Porem a tabela com estes planos apresentados a seguir, pode ser oportuna como um padrão aceito em geral. A numeração e definições são aqueles usados porDion Fortune em A Filosofia Esotérica do Amor e Casamento, (págs. 17-19 – original Inglês), e A Doutrina Cósmica, (pág. 96- original Inglês). Ela não lista o Etérico como um plano separado, mas isso é puramente um caso de nomenclatura; muitos outros escritores (e mesmo a própria Dion Fortune em outra parte) falam muitas vezes sobre o Plano Etérico, e é razoável fazê-lo, porque isso é de grande importância prática no trabalho psíquico. Esta é, por exemplo, a substância da faixa mais interna da aura humana como percebida pelos sensitivos, e há razões para crer que esta é responsável pelos fenômenos registrados através da fotografia Kirlian.
Os sete (ou oito, se incluído o [1] Etérico) níveis ou ‘corpos’ de uma entidade humana estão divididos em dois grupos, geralmente chamados de a Individualidade e a Personalidade.  A Individualidade (Espiritual Superior, Espiritual Inferior e Mental Superior) é a parte imortal, que sobrevive de encarnação em encarnação. A Personalidade (Mental Inferior, Astral Superior, Astral Inferior, Etérico e Físico) é a parte transitória, construída durante uma única encarnação e descartada quando esta termina.

[1]Notas dos Tradutor – Creio que neste os Farrar podem estar se referindo ao chamado Plano das Forças, ou Plano Elemental que está exatamente entre o Astral e o Físico).

A Individualidade é bissexual [2]– o que não significa assexuada, porém significa que ela contém as essências criativas masculina e feminina, em equilíbrio dinâmico. A Personalidade, por outro lado, é ou masculina ou feminina; cada um de nós tem que experimentar as encarnações tanto masculina quanto feminina, aprendendo as lições de cada polaridade, de forma que o equilíbrio dinâmico da Individualidade possa se tornar totalmente desenvolvida.

[2]Notas do Tradutor - O que acham desta afirmação?

O conceito é perfeitamente expresso no símbolo chinês do Yin-Yang. A parte branca representa o aspecto Yang masculino, positivo, claro, fertilizante e pode ser tomado como um símbolo da Personalidade em uma encarnação masculina; será notado que ela contém a semente (o ponto negro) de seu oposto complementar, o aspecto Yin. A parte negra representa o aspecto Yin feminino, receptivo, escuro, formativo e pode ser tomado como um símbolo da Personalidade em uma encarnação feminina; será notado que ele também contém a semente (o ponto branco) de seu complementar oposto,  o aspecto Yang. O símbolo Yin-Yang completo representa a Individualidade imortal, com ambos os aspectos em perfeito equilíbrio.

OS NÍVEIS COMPONENTES DE UM SER HUMANO


  • Sétimo Plano - ESPIRITUAL SUPERIOR
Espírito Puro ou Abstrato. A ‘Centelha Divina’. Substância e energia diretas do Grande Imanifesto.
Símbolo astrológico: o Sol.

  • Sexto Plano - ESPIRITUAL INFERIOR
Espírito Concreto.
Símbolo astrológico: Júpiter.

  • Quinto Plano - MENTAL SUPERIOR
Mente Abstrata. Qualidades diferenciadas por Tipos.
Símbolo astrológico:   Mercúrio.

  • Quarto Plano - MENTAL INFERIOR
Mente Concreta. Definição, forma, memória.
Símbolo astrológico: Saturno.

Todos estes acima citados estão contidos dentro da chama da ‘A INDIVIDUALIDADE’ que é a Unidade de Evolução. Imortal ao longo de todas as encarnações

  • Terceiro Plano - ASTRAL SUPERIOR
Emoções Abstratas. Atração, desejo por união.
Símbolo astrológico: Vênus.

  • Segundo Plano - ASTRAL INFERIOR
Instintos e Paixões. Desejo de atrair ou possuir.
Símbolo astrológico: Marte.

·        ETÉRICO - A tênue teia de energia de quase-matéria que liga o Físico com os planos mais sutis e o mantém no ser.
Símbolo astrológico: a Lua.

  • Primeiro Plano - FÍSICO
Matéria Densa, o corpo material. Símbolo astrológico: a Terra.

Todos estes acima citados estão contidos dentro da chama da ‘A PERSONALIDADE’, que é a Unidade de Encarnação. Dura por apenas uma encarnação; cada encarnação constrói uma nova Personalidade.

Outro símbolo que representa o processo em seu sentido serial é o colar âmbar e azeviche da Suma Sacerdotisa Wicana que é o círculo do renascimento – as contas âmbar (solar) representando encarnações masculinas, e as contas negras (lunar) representando as encarnações femininas. (Embora tais vidas não necessariamente tenham que se alternar).

Contudo, a formulação ‘masculino-positivo, feminino-negativo’ está super simplificada – e aqui novamente os níveis se apresentam dentro desta. O masculino tende a ser positivo nos planos físico e mental, e negativo no astral e espiritual; ao passo que o feminino tende a ser positivo nos planos astral e espiritual, e negativo nos planos físico e mental.  Ou, talvez seria melhor dizer ‘ativo-fertilizante’ ao invés de ‘positivo’ e ‘receptivo-formativo’ ao invés de ‘negativo’, em cada caso. Este padrão cruzado de funções entre masculino e feminino é um dos significados do símbolo do caduceu com as serpentes entrelaçadas em volta de um bastão ereto; é interessante que ele é o emblema de Hermes/Mercúrio, o mais bissexual dos deuses Clássicos, cujo símbolo astrológico é por si uma combinação dos símbolos masculino e feminino.

Um exemplo familiar desta alternância de polaridades com os diferentes planos é aquele da mulher-Musa e o homem-artista. Beatriz fertiliza Dante, e Dante dá nascimento ao resultado;  um paralelo exato à impregnação de um homem por uma mulher no plano físico. Como Wilfred  diz em A Sacerdotisa do Mar de Dion Fortune: ‘Então eu percebi porque deve haver sacerdotisa tanto quanto sacerdote; pois existe um dinamismo em uma mulher que fecunda a natureza emocional de um homem tão seguramente quanto ele fecunda o corpo físico dela; isto era uma coisa esquecida pela civilização moderna que estereotipa e convenciona todas as coisas e se esquece da Lua. Nossa Senhora do Fluxo e Refluxo’.

Mas retornemos ao que pode ser chamado de a mecânica da reencarnação. Na ocasião da morte física, a primeira das ‘conchas externas’ é solta: o corpo físico. O corpo etérico se desintegra, quebrando o elo vital entre o corpo físico e os corpos astral, mental e espiritual. Desligado dos principais, por assim dizer, o corpo físico não é mais uma parte da entidade total e começa à decair.
O foco da consciência se torna, em primeiro lugar, o corpo astral. Por este período de tempo, se está em um estado contínuo equivalente à projeção astral.
A taxa de retirada para cima dos planos depende de cada pessoa. Alguns (particularmente aqueles com as obsessões mais grosseiras, tal como alcoolismo e uma libido sexual doentia) resistem ao processo, ou levando um longo tempo para compreender que estão fisicamente mortos, ou se recusando à aceitar o fato como tal; esta é a explicação para muitas ‘assombrações’ ou sensações de vampirismo psíquico sentidas pelos ainda encarnados. Um exorcismo eficaz, por um sensitivo experiente que sabe o que ele ou ela está fazendo, é muitas vezes um caso de confrontar a entidade astral e persuadi-la da necessidade de uma retirada normal.


Por
Arida e Baco