Não há nada mais
prejudicial ao desejo do que "ficar em cima do muro". Não se colocar
em posição alguma, não engendra máquina alguma, que não seja a máquina de ociosidade.
Ao se colocar em determinada posição, o desejo engendra, criando rizomando-se,
criando multiplicidades, pois há um objetivo, que não lhe falta, mas que lhe
excede. Por exemplo, se as circunstâncias me afeta de tal forma, que
circunstancialmente, por questões maquínicas de desejo, eu escolho/desejo ir
até Roma. Eu criarei métodos, bruxarias, falcatruas para que eu deseje lá. Ao
contrário, de quem fica no mundo, ficar no muro, é sinônimo de ideais
ascéticos, é sinônimo que não querer por a "mão na merda", é
sinônimo, de não desejar, e comer o que lhe servem a mesa. Não há nada mais
reativo, que "ficar em cima do muro", pois até mesmo a dominação,
parte do desejo. Como é o caso dos masoquistas. O ficar em cima do muro, é não
se reconhecer com nada, nem ninguém, e na mesma proporção que eu não escolho
ninguém, eu escolho a todos ao mesmo momento. Sujeitando-me aos desejos outros.
Sujeitando-me o ao desejo dos outros, pois me ociosidade, impede-me me
engendrar sozinha, a minha máquina desejante. E isso nada tem haver com lógica,
nada tem haver com estrutura, ou nada tem haver com extremos, longe de mim os
extremos, pois o desejo caminha por entre pedras, por debaixo delas, até mesmo.
Como diz um grande jargão: "Não existe meio termo. O muro já tem dono”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
MUITO OBRIGADO POR COMENTAR!
VOLTE SEMPRE!!
PAZ E LUZ MEU AMIGO!!