sábado, 3 de dezembro de 2016

Livros de Gestalt-terapia

Alguns dos títulos [não está em ordem alfabética]

Tem também alguns livros de bioenergética e esquizoanálise


MARTÍN, Ángeles. Manual Práctico de Psicoterapia Gestalt

MOREAU, A. Ejercicios y ténicas creativas de gestalterapia

PERLS, F. Isto é gestalt

LOWEN, A. Amor, sexo e seu coração

ZINKER, J. El processo creativo en la terapia guestaltica

LOWEN, A Bioenergética

PERLS; HEFFERLINE; GOODMAN. Gestalt-terapia [incompleto]

CORNEJO, L. Manual de Terapia Gestáltica aplica a los adolescentes

CARVALHO; COSTA. A Clínica Gestáltica e os ajustamentos do tipo psicótico [ARTIGO]

ALVIM, M. B. O Lugar do corpo em Gestalt-terapia dialogando com Merleau-Ponty [artigo]

ALVIM, M. B. Experi~encia Estética e corporeidade fragmentos de um dialogo entre gestalt, arte e fenomenologia [artigo]

GALLI, L. M. P. Psicopatologia Fenomenológica [artigo]

FILHO, J. M.; BURD, M. Psicossomática Hoje [livro]

BOTELHO, J. V. O Encontro na Clínica uma aproximação fenomenológica [dissertação]
OLIVEIRA, E. D. F. Um Panorama do processo psicoterapeutico infantil em gestalt terapia [artigo]

VOGEL, A. R. O Papel do terapia na relação terapeutica na gestal terapia e na terapia de familia sistemica construcionista social [artigo]

ALVIM, M. B. O Lugar do corpo em gestalt terapia dialogando com Merlau-ponty [artigo]

TENÓRIO, C. M. D. O conceito de neurose em Gestalt-terapia [artigo]

BRANDÃO, M. L. As Bases biológicas do comportamento [livro]

VANUZITA, J. A Gestalt terapia e a psicoterapia breve [dissertação]

JULIANO, J. C. A Arte de Restaurar Histórias [livro]

FRAZÃO, L. M. FUKUMITSU, K. O., Gestalterapia fundamentos espitemológico e influencias filosoficas [livro incompleto]
FILHO, A. Q. O.; VASCONCELOS, B. N. Dialogicidade e processo psicoterapeutico em Gestalt terapia um relato de caso clínico [artigo]

ADAIME, R. D. Clínica Experimental Programas para máquinas desejantes [dissertação]

TENÓRIO, C. M. D., As psicopatologias como distúrbios das funções do self uma construção teórica na abordagem gestaltica [artigo]

PINHEIRO, M. E. A primeira entrevista em psicoterapia [ARTIGO]

ANDRADE, C. C. A Vivência do Cliente no Processo Psicterapêutico Um estudo fenomenológico na gestalt-terapia [dissertação]

PERES, M. B.; HOLANDA, A. F. A Noção de angústica na prática clínica [artigo]


Link do drive: Clique aqui

domingo, 22 de novembro de 2015

Lista de livros do Wilhelm Reich para download grátis



Breve Histórico sobre Wilhelm Reich, o criador da Terapia ReichianaWilhelm Reich (Dobzau, 24 de março de 1897  — Lewisburg, Pensilvânia, 3 de novembro de 1957) foi um médico, psicanalista e cientista natural. Ex-colaborador de Sigmund Freud, rompeu com este para dar prosseguimento à elaboração de suas próprias idéias no campo da Psicanálise


Livros:
* É preciso ter uma conta (pode-se fazer na hora e sem custos) nos respectivos sites para poder realizar os downloads.

[Minhateca]


[Bookzz]

.[Outros]

Um pequeno diálogo: A indecência pode ser saudável!



Figura 1 por  Mark Rothko, No 301, 1959 (via Daily Rothko Tumblr Blog).

Lucio: Estou a pensar sobre estes camelos Mara, eles não passam pela metamorfose? Será que ainda chegará o tempo deles...? Será que o grande meio-dia estar por voltar sobre si mesmo, neste grande plano que estes caminham, sem um horizonte aparente? Estou incerto, parecem demasiados camelos! Subitamente camelos, perdidos a fio, carregando o peso de seu niilismo!
Marta: Quem caminha pelos desertos aprendem muito na ingenuidade Lucio!
Lucio: Ah sim. O “Leão da tribo de Judá” aquele que vaga pelo deserto, muitos povos se convertem, e se converteram em leões! Mas, pobres de si mesmo, e ainda como leões, matam os filhotes da leoa, suas próprias crias, suas próprias crianças, para instituírem o seu harém... não sobra tempo para as ingenuidades e para as crianças nesses lugares. Às vezes é preciso um deserto para completar a transmutação.
Marta: A indecência pode ser saudável, necessária até, desde que ela não vá para o cérebro, como diz bonito o D.H. Lawrence.
Lucio: Oh sim, bem lembrado Marta! Sei que foi leitor de Nietzsche, não? Lembro passageiramente de uma frase sua também. “Eu amo a floresta. É ruim viver nas cidades: ali são demasiados os que estão no cio! ”.
M: Os desertos, florestas... carregam muito dessa potência. É preciso destruir-se, para dar vazão há transmutação, há afirmação.
J: Carregar desertos jamais, florestas nem pensar. Mas sim deslizar por sobre ele, fazer dele um local de experimentação, deixar passar os fluxos, não como um grande sábio ou ermitão há procurar. A questão da procura, é estar aberto somente, as forças já estão aí, a alquimia está justamente no trabalho destas forças. Compor o plano, compor o espaço.
M: Insanidade... Insanidade... “Mas se alguma delas for para o cérebro, aí se torna perniciosa[1]”.
H:



[1] Poema: ‘A indecência pode ser saudável’ de D. H. Lawrence. Disponível em: http://poesiaparaninguem.blogspot.com.br/2006/12/indecncia-pode-ser-saudvel-d-h.html>. Acesso em: 07/09/2015

Documentário "Em busca do Espaço Cotidiano" [Jung]


Documentário realizado entre 1983 e 1986, de Leon Hirszman. O filme aborda três casos clínicos da grande psiquiatra Nise da Silveira, que, inspirada pelas teorias de Jung, revolucionou o tratamento de pacientes com sua abordagem humanista e a cura através da arte. Ao longo de anos, Dra. Nise coletou pinturas, desenhos e esculturas realizadas por seus pacientes, até fundar, em 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente.

domingo, 19 de outubro de 2014

Metafisiologia do Olho Apaixonado


A vida resguarda em si, inúmeras surpresas; É neste sentido em que muitos, ditos filósofos, detentores do pensar, afirmam as multiplicidades. As multiplicidades do encontro, do saber, do olhar, e, sobretudo, do amor.

Das várias formas de amar, de se apaixonar. Das várias formas também de olhar o amor, os signos correspondentes desta multiplicidade/singularidade.

Meio a tantas multiplicidades, em que lugar fica as repetições? Eventos casuais, que aparentemente parecem que nunca mais hão de se repetir. Verdadeiramente impossível. Mas há casos especiais, há casos estritamente espirituais, que hão de acontecer sim, de forma semelhante.

É ai, neste sentido, que entrar o olho. Que certamente, num local diferente, momento, duração e memória diferente, olhará ele, pois então, por sua fisiologia complexa, de forma diferente.

Assusta-me o fato, de haver poucos escritos a respeito do olho. Parte elementar do sujeito humano, enquanto singularidade e coletividade. O olho é social, individual. O olho é dos fantasmas, das potências, do medo, da alegria, do pai, mãe, mas também de todo o mundo. O olho comporta também, atualidades, virtualidades. A forma de como o olho empreende a vida, está intimamente ligada aos músculos que a ligam, que o move. Extensividade e intensividade. Rigidez e flacidade.

O olho é um órgão bastante interessante, sem dúvida. É a nossa “parte” mais espiritualizada corpórea. É com o olho que se dá, se fabrica, engendra, reflete todos os estados do espírito. Os olhos são os espelhos da alma. Ele é intimamente movido pela multiplicidade. Com movimentos sempre de dentro para fora e fora-dentro. Dentro-do-fora, fora-do-dentro...

Os olhos tem um papel fundamental, também, no aprendizado. Não que seja engendrado ou funcione somente para isto, para esta faculdade. Como multiplicidade, os olhos são todas as faculdades possíveis, como já ditas, até das faculdades espirituais. Não pense que somos segregacionistas, ou hiperbóreos por dar esta supervalorização aos olhos, excluindo assim, deste texto, aqueles tidos como “cegos”. Não é somente destes olhos que estamos falando. Os olhos podem tomar posições, locais de afectos e afecções de formas múltiplas, apoiando sempre a diferença. Há o ditado: Enxergar com os ouvidos e ouvir com os olhos.

Desta forma também os olhos são os órgãos, potência, que mais se cansam do corpo. De todo o corpo. Pois a todo o momento, ele está a ver, perceber, olhar, decifrar, interpretar os hieróglifos, signos, que a todo o momento o violentam. Mas ele não o faz alvo de coitadismo por isso, o contrário.

Há, inclusive, um tipo específico de signos que arrebata os olhos, o contraria de forma tão acirrada que me sinto forçado a comentar algumas linhas, a respeito. São estes, os signos da paixão.

Comentarei, no entanto, um tipo específico, por conta da complexidade do tema. Um tipo especifico que acomete os olhos de forma que o contraria de todas as formas. As paixões induzidas por coincidências (repetições) espirituais (diferença).

Grosseiramente, no âmago das multiplicidades, muitas vezes relacionadas com o caos, pensar em repetição para muitos pode até mesmo ser um tanto quanto contraditório. Não é bem assim, digo. Há certas repetições que acontecem, por que são determinadas por alguma entidade superior. Coincidência.

O exemplo, de se encontrar com uma pessoa que lhe toma, arrebata aos olhos, arrebata todo o corpo, de forma tão complicada... O signo se enrola de tal maneira aos olhos, que é quase impossível dele se conter, quase impossível dele se soltar, relaxar.

Seus músculos ficam tão enrijecidos, apaixonadamente, que apesar do signo se enrolar de maneira tão complicada, tão amarrada, tão agressiva, a ponto de marcar a pele, aos olhos, ao espírito, a essência, que toda esta violência torna-se prazerosa. É neste sentido que somos todos masoquistas.

Neste momento, a dor é tão apavorante, e igualmente prazerosa, que pode um pequeno limiar podemos dizer que parcialmente nós arrebatamos no sentido mais puro da palavra, é possível sentir a quase-morte/arrebatação com o corpo frio, a a-subjetividade; A duração e o tempo dissipa-se. Por um curto período de tempo (metodicamente podemos dizer que alguns milésimos de segundos) não nos conhecemos, não reconhecemos gênero, raça, cor, nacionalidade...

Somente a vida a favor de sua diferença, a vida a favor dela mesmo, sua multiplicidade e suas misturas. Neste sentido podemos re-afirmar também o discurso que o pensamento só vem depois.

Ao voltar deste arrebatamento é que vamos engendrar o pensamento para decifrar toda esta violência a que fomos asujeitados.

Por estarmos perplexos, e a criação denotar um certo tempo, o signo por vezes pode escapar, estes costumam ser um pouco Trickster.

Porém, há ainda a re-afirmação de vida, que é necessária que surjam estas de dentro, interiormente, mas que podem sim ser produzidas a partir de um encontro. Num encontro potente. Estas re-afirmações de vida, seriam o que, comentado anteriormente, as coincidências espirituais. A repetição que traz consigo a sua diferença.

O reencontro com o signo, este signo Trickster, até então impossível devido à multiplicidade que comporta a macropolitica do qual ele está envolvido, todo o território, porém agora carregado de toda diferença, que trará assim imagens aos olhos, experiência, violências, complicações, inquietações, embriaguez completamente novas e distintas. Afirmando mais uma vez a vida e toda a sua mistura.

Exemplo, o primeiro encontro: Dante está num dia completamente distinto, pagando uma conta, num banco qualquer, longe de casa, nem perto de onde costuma andar, ou pagar suas contas. Encontra um moço na fila do banco. Sem contato pois Dante foi arrebatado.

Segundo encontro; Ao virar a noite, após uma noite cheia de problemas e pensamentos arredios, mergulhado num tédio sem fim; Dante, ao amanhecer, sai para caminhar, esfriar a cabeça, pelo bairro, sem destino, prometendo somente entrar por ruas antes, nunca entradas, somente para caminhar e fumar um bom cigarro de palha. No meio do caminho, ao finalmente se sentar e pegar o cigarro, por coincidência espiritual, acaba por encontrar o moço, o Trickster, novamente. Filho de Telekompensu, o caçador e pescador.



sábado, 27 de setembro de 2014

Do ficar em cima do muro, da inutilidade do caminho do meio




Não há nada mais prejudicial ao desejo do que "ficar em cima do muro". Não se colocar em posição alguma, não engendra máquina alguma, que não seja a máquina de ociosidade. Ao se colocar em determinada posição, o desejo engendra, criando rizomando-se, criando multiplicidades, pois há um objetivo, que não lhe falta, mas que lhe excede. Por exemplo, se as circunstâncias me afeta de tal forma, que circunstancialmente, por questões maquínicas de desejo, eu escolho/desejo ir até Roma. Eu criarei métodos, bruxarias, falcatruas para que eu deseje lá. Ao contrário, de quem fica no mundo, ficar no muro, é sinônimo de ideais ascéticos, é sinônimo que não querer por a "mão na merda", é sinônimo, de não desejar, e comer o que lhe servem a mesa. Não há nada mais reativo, que "ficar em cima do muro", pois até mesmo a dominação, parte do desejo. Como é o caso dos masoquistas. O ficar em cima do muro, é não se reconhecer com nada, nem ninguém, e na mesma proporção que eu não escolho ninguém, eu escolho a todos ao mesmo momento. Sujeitando-me aos desejos outros. Sujeitando-me o ao desejo dos outros, pois me ociosidade, impede-me me engendrar sozinha, a minha máquina desejante. E isso nada tem haver com lógica, nada tem haver com estrutura, ou nada tem haver com extremos, longe de mim os extremos, pois o desejo caminha por entre pedras, por debaixo delas, até mesmo. Como diz um grande jargão: "Não existe meio termo. O muro já tem dono”.

O QUE É, POIS A UNIVERSIDADE SENÃO A REPRODUÇÃO DE UM CONHECIMENTO CIENTIFICO? Notas e pensamentos soltos.

A educação é incansavelmente tema de pesquisa em nosso país, o fomento a essas pesquisas, também é enorme e a cada dia, surge mais e mais teorias a respeito, inúmeros autores, pesquisas, teorias para conceituar, isto também implica dizer, criar ferramentas, para o ensino-aprendizagem, relação que envolve aluno e professor, e claro, vários aspectos que rodeiam esses dois. Porém, a única coisa (curiosamente) que se mantém estática nesse âmbito de pesquisa em educação, é o objeto de estudo. A escola, o professor, o aluno e toda a rede que permuta esses envolvidos. E ai, eu voltado ao titulo, o que é a universidade senão a reprodução do conhecimento cientifico?

O conceito "universidade" se vangloria de seu tripé maravilhoso que é "pesquisa-extensão-ensino", pois elas atuam de forma completamente distintas, e tal como um tripé, seus pés são quase que emergencialmente separados um do outro. O ensino, por exemplo, separa-se, geralmente (e muito) da pesquisa e catastroficamente da extensão. Resumindo-se ao ensino, poucas palavras sobre "o que é comentado na área" em que a disciplina se propõe a discutir, "fulano falou isso e aquilo" e "faça essa provinha aqui". É completamente um absurdo, pois o aluno fica muito distanciado da aprendizagem. É como se para o universitário, o "ver assunto", fosse uma garantia de que ele está aprendendo (e ai dele se não aprender).

A partir disso, nascem complicações ainda maiores, que competem à metodologia de ensino de professor e apropriamento para "passar assunto". Não há lógica mais absurda que essa, a meu ver. As disciplinas (me arrepia só por conta desse nome) se estruturam em tese, em três ou quatro capítulos de algum livro, dois artigos e duzentos e tantos slides que o professor passa em sala de aula (do qual alguns alunos, tiram fotos, pois serve para aprendizagem, de forma também muito curiosa, pois desconheço esse método) e é a partir disso que o professor "reproduz o conhecimento". E é cobrado do aluno isso. Ao sair da "disciplina", é como se o aluno fosse "mestre" daqueles assuntos, porém em minha opinião, essa é uma afirmação muito duvidosa.

E esse texto não é uma tentativa de culpabilização dos professores, não mesmo, quero deixar claro que a culpa não é de ninguém, é esta lógica de aprendizagem que é completamente fajuta, e mais ainda como reagimos a ela. Os alunos, também, que é a "parte mais importante do processo", são outros tantos "desencabeçados". A verdade é que ninguém gosta de estudar, também pudera com um sistema desses, mas que esse argumento não seja uma desculpa para "não estudo por que tem esse, esse e esse problema". Das poucas tentativas de mudança que há neste meio, pouquíssimas são aproveitadas, pois os alunos, acostumados ao ócio que se dá em sala de aula, reagem muito pouco a essas "inovações".

Ai, um reacionário qualquer, pode pensar ou escrever "ah mais ele só sabe criticar, só vem com essas ideias pessimistas querer frustrar minha ideia romântica de educação", "ele não está escrevendo dentro das normas da ABNT", "não é cientifico", bla bla bla. Acredito que só é possível mudar o macro, a partir do micro, é necessário criar microrrevoluções, para quem sabe, mudar nem que seja um pouco a estrutura do macro. E não vejo maneira adequada, para manifestar uma microrrevolução, de "maneira etiquetada", quem faz isso, para mim, ainda está sobre forças reativas. O ressentimento, diz Nietzsche, é aquilo o qual não podemos nem digerir, tampouco vomitar, criando assim o remorso, o ruminar nietzscheano. Por isso sou a favor do vômito, do escarro, do cuspir, tudo aquilo que incomoda. Tudo aquilo, que faz calar, tudo aquilo que faz apodrecer, até mesmo a aprendizagem.