sábado, 2 de agosto de 2014

Evolução e Involução na Árvore da Vida


Existe um ciclo de involução e evolução que se aplica a todos os níveis do universo. No ciclo de involução se manifestam sucessivamente os 4 |níveis de manifestação| e vão descendo pela árvore, adquirindo assim qualidades cada vez mais diferenciadas e densas para chegar ao mundo físico tal como o conhecemos. O movimento de Evolução seria a mudança para retornar a fonte a partir de Malkuth, ascendendo por toda a árvore. Poderíamos dizer que a involução é submersa em um plano de manifestação: o mundo de Assiah, enquanto que evoluir seria domar este plano e transcender-lo. A grande metáfora evolutiva da Kabbalah é a ascensão da alma pela árvore da vida, contribuindo ao Tikun Olam , o plano espiritual de evolução do mundo.  Para ilustrar isto temos alguns elementos simbólicos a vezes representados na Árvore:


O Raio Relampejante que como uma espaga de fogo percorre em zigue-zague a árvore da vida até Malkuth. É o  "declínio do poder" ou movimento de involução, a manifestação da divindade do mais sútil ao mais denso, para chegar ao mundo material.


A Serpente de Nechushtan, faz o movimento inverso do raio, a evolução percorrendo desde Malkuth todos os caminhos da árvore até chegar a Kether. Esta serpente nos recorda a Kundalini Shakti buscando sua união cósmica com Shiva.

A serpente é um simbolo dual que podemos representar pela víbora e a cobra: A víbora representa o aspecto ignorante, nosso primitivo cérebro de réptil, nossa animalidade. A cobra por representar o contrário, tal como mostravam os egípcios em "Ureus", nosso impulso para elevar-nos e transcender, para evoluir. Inclusive, na iconografia cristã existe este aspecto dual da serpente em Anfisbena, a serpente de duas cabeças, uma das quais representa a Cristo e a outra Satanás. O Valor numérico desta relação, pela gematria, corrobora com esta relação. É muito importante ressaltar que, todo os objetos tem em si sua dualidade, normalmente etiquetados como "bom" e "mal". O aspecto de Satan como serpente tenta Eva a comer da Árvore do Conhecimento, porém ele não é mal por propor tal feitio, , mas por ignorar que antes deve-se comer do fruto da árvore da vida. Se pretendes evoluir - que é o que Nechushtan representa - antes de obter o conhecimento, que na árvore da vida se encontra na Sephira de Daat, é importante caminhar pelos outros caminhos, pois o perigo que corres é acabar no Abismo de Daat.

O Raio Relampejante entra desde Kether pelo carinho que corresponde a letra Shin, que precisamente significa "fogo e espírito". E percorre em zigue-zague até passar por todas as Sephirot até chegar a terra em Malktuh.

A direita vemos 3 tríades estruturais, limitadas pelas 3 vigas das árvore, os caminhos horizontais que unem as sephirot externas.


A tríade superior é chamada de tríade das raies e corresponde ao "mundo das emanações". (atziluth).


A tríade do meio é chamada de tríade da Ética e corresponde ao "mundo da criação" (Briah)

A tríade inferior é a tríade do templo da coragem, e corresponde ao "mundo da formação" (Assiah).

O mundo da "ação" se corresponde com a décima sephirot, Malktuh.

A evolução, ou retorno a origem, pode realizar-se por dois caminhos:

O caminho da iniciação, que é seguido pelos espirais da serpente ascendendo até Kether e passando por todas as Sephirot e caminhos da árvore. Este é o caminho do ocultista.

E o caminho da iluminação, também é chamado de Caminho da seta, que ascedente pelo pilar Central, desde Malktuh até Kether, passando por Yesod, tiphereth e Daath e os caminhos 21, 14 e 2. Este é o caminhos do místico e do mesmo modo que ascender uma montanha, é muito mais "difícil" que fazer o zigue-zague, este caminho é direto, porém requer uma fé e energia excepcional, e sobretudo, um grande equilíbrio, tal como representa o pilar central. No Yoga, representa a ascensão pela Kundalini pelo canal central: Sushuma.

Em qualquer dos casos, a ascensão implica atravessar algumas barreiras que marcam a 'fronteira' de um nível de manifestação a outro. Estas barreiras impedem a ascensão do indivíduo que não é evoluído a nível do próximo nível de manifestação. Veremos sobre estas barreiras mais adiante.

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